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sábado, 30 de maio de 2015

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Expressões da Mata Norte


          O professor José Olivá Apolinário, Mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, Universidade Federal de Pernambuco,  lançou na quarta-feira, na UPE, Campus Mata Norte, em Nazaré da Mata, PE, a antologia literária EXPRESSÕES DA MATA NORTE
          Duas crônicas da minha autoria fazem parte do livro. Outros autores timbaubenses também foram incluídos na obra, a exemplo de Carmen Gonçalves de Oliveira Melo, Cleydson MonteiroDaniel José de OliveiraJosé da Silva Ramos (professor Zé da Silva) e  Rosani de Andrade Albuquerque 

Um grupo comprometido com a cena cultural timbaubense marcou presença na noite de autógrafos. 
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O professor José Olivá autografando o meu exemplar  
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        Estou muito contente pelo reconhecimento do meu trabalho. As duas crônicas da minha autoria selecionadas para compor a antologia foram "A moça que vem e a moça que vai" e "Pare. Olhe. Escute.
          Sou grato a DEUS pelas inspirações que Ele me concede. Sou um menino grande, discípulo do tempo, aprendendo a espalhar sentimentos ao vento. 
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A MOÇA QUE VEM E A MOÇA QUE VAI

               Da minha casa até ao centro da cidade, a distância é relativamente curta. Durante o trajeto, passo na frente de seis imóveis onde as pessoas mergulham nos mistérios da vida e da morte: Igreja Pentecostal União Com Cristo, Igreja Evangélica Verbo da Vida, Igreja Batista, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Congregacional Carismática e a Matriz de N.S. das Dores (Igreja Católica Apostólica Romana).  
                  No final da tarde dominical, na calçada por onde caminho, lá vem aquela moça linda que freqüenta uma igreja evangélica, de cabelos compridos, sem maquiagem, Bíblia na mão e vestido abaixo dos joelhos. Na calçada do outro lado lá vai aquela moça linda que não perde uma missa aos domingos, de cabelos curtos, maquiada e  saia na altura dos joelhos.
               A moça que vem precisa tanto ir ao culto como eu preciso do vento que bate em meu rosto. A moça que vai precisa tanto ir à missa como eu preciso ouvir o silêncio. E enquanto passo meditando na minha caminhada até ao centro da cidade, peço a DEUS que conserve para sempre todas as igrejas da terra, que conserve para sempre o vento e o silêncio, a fim de suprir as necessidades espirituais dos poetas, da moça que vem e da moça que vai.
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 - Daslan Melo Lima, Timbaúba-PE, numa tarde dominical de abril de 2011.
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 PARE. OLHE. ESCUTE



              Na primavera da minha vida, uma estrada  de ferro cortava a cidadezinha alagoana  onde nasci. Trens de passageiros  passavam diariamente por São José da Laje, indo de Maceió para o Recife, vindo do Recife para Maceió. Das bandas do Sítio dos Cardoso até lá para as bandas de uma localidade chamada Cento e Dez, em pontos estratégicos, placas sinalizavam para que as pessoas tomassem cuidado ao atravessarem a linha do trem.  “Pare. Olhe. Escute”, diziam as placas. 
           No outono da minha vida, uma estrada de ferro corta a cidade pernambucana onde vivo. Eventualmente, trens de cargas passam por Timbaúba, indo da Paraíba para o Recife, vindo do Recife para Timbaúba. Das bandas dos sítios de Queimadas até lá para as bandas da Fazenda Santa Cândida, em pontos estratégicos, placas sinalizam para que as pessoas tomem cuidado ao atravessarem a linha do trem. “Pare. Olhe. Escute”, dizem as placas. 
               Na primavera da minha vida, quando o outono ainda estava muito distante, eu nem me dava conta que um dia estaria a meditar sobre os mistérios da vida e da morte, diante de uma dessas placas. A qualquer momento , poderei embarcar em um Trem com destino a uma das moradas construídas pelo Arquiteto do Universo. Quando? Jamais saberei.  Enquanto isso, vou caminhando, de mãos dadas com o vento, aprendendo com o silêncio, observando com cuidado as placas do meu destino que assinalam: “Pare. Olhe. Escute”.
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- Daslan Melo Lima, Timbaúba-PE, noite de junho de 2011, entre os bairros de Jardim Guarani e Timbaubinha, após uma caminhada à margem da estrada de ferro. 
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UM FATO EM FOCO
Neste domingo, 31, a Banda Musical 1º de Novembro, a nossa PÉ DE CARÁ, estará realizando o concerto de encerramento das Noites Marianas, a partir das 20h30min, em frente à Igreja Matriz de N. S. das Dores. Essa apresentação marca o retorno da filarmônica ao convívio com o público timbaubense, que há tempo ansiava por isso, visto que a última retreta ocorreu no Dia dos Pais, em agosto do ano passado, há exatos nove meses.
     O concerto servirá, também, para a apresentação dos dez novos músicos que passarão a integrar as fileiras da Banda, todos oriundos da Escola de Música Regente Amaro Jorge, mantida pela entidade. Trata-se de um trabalho árduo dos professores, sob a coordenação do maestro Jean, apesar das dificuldades enfrentadas, principalmente pela falta de recursos financeiros.   De acordo com e-mail enviado por Jeová Barboza Cavalcanti, secretário adjunto da Banda, há mais de um ano que a Prefeitura de Timbaúba não repassa os valores pactuados no convênio firmado entre a 1º de Novembro e Secretaria de Educação do Município.
Saiba mais sobre esse patrimônio cultural timbaubense, 93 anos de fundação a completar no dia 1º de novembro, clicando neste link: https://banda1denovembrotimbauba.wordpress.com

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FERREIROS EM EVIDÊNCIA
         As fotos do cortejo cultural do Movimento Mergulhão, captadas pelas lentes dos fotógrafos potiguares Rodrigo Sena e Vladimir Alexandre vão fazer parte da Exposição de Fotografias do Movimento Mergulhão. A abertura do evento será realizada na próxima segunda-feira, 1º/06, na Biblioteca Municipal Monsenhor José Marques da Fonseca, localizada na rua Imaculada Conceição, 27, na vizinha cidade de Ferreiros, PE.
      O Governo Federal, através do Ministério da Justiça, liberou recursos para a implantação do projeto Movimento Mergulhão em Ferreiros. O projeto realizado  pela Prefeitura de Ferreiros foi implantado com o intuito de revitalizar o cavalo-marinho na comunidade, que  se encontrava extinto e existia apenas na memória de alguns mestres e fazedores da cultura popular. O projeto contou com oficinas de dança, teatro, música, canto e figurino, relacionadas ao folguedo.  Para marcar o sucesso da iniciativa, foi realizado no dia 07 de dezembro de 2014, o cortejo cultural pelas ruas da cidade, onde as crianças e jovens apresentaram o seu  cavalo-marinho.

     O projeto encerrou o seu prazo, mas a Prefeitura de Ferreiros, através da Secretaria de Educação e Cultura, deu continuidade ao movimento com recursos próprios. Hoje o município oferece aos jovens e crianças oficinas de percussão, dança e rabeca. Dessa forma, a cidade resgata a sua identidade cultural e trabalha a inclusão social na comunidade.

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2 comentários:

JEOVÁ BARBOZA DE LIRA CAVALCANTI disse...

DENTRE AS EXPRESSÕES CULTURAIS DA MATA SETENTRIONAL (MATA NORTE) DESTACA-SE A APRESENTAÇÃO DA BANDA MUSICAL 1º DE NOVEMBRO, A TRADICIONAL "PÉ DE CARÁ", NESTE DOMINGO 31 DE MAIO P. PASSADO. FOI UM CONCERTO SENSACIONAL QUE MARAVILHOU A TODOS QUANTOS ESTIVERAM PRESENTES: UMA "RE-ENTER" DESSA GRANDE FILARMÔNICA FOI REALMENTE ESPETACULAR, INSTRUMENTOS AFINADOS, MÚSICOS TOCANDO COM ALMA, UMA REGÊNCIA SEGURA E UM REPERTÓRIO GOSTOSO DE SE OUVIR. OS APLAUSOS DO PÚBLICO AO FIM DA APRESENTAÇÃO DE CADA MÚSICA FOI A MAIOR RECOMPENSA E O RECONHECIMENTO DE UM TRABALHO QUE É PURO AMOR AMOR E DEDICAÇÃO. OBRIGADO A TODOS QUE SE FIZERAM PRESENTES A ESSE ESPETÁCULO DA ARTE MUSICAL EM NOSSA TERRA, PROPICIADO PELA QUERIDA 1º DE NOVEMBRO.
Jeová Barboza

Aldy Carvalho disse...

Crônicas assim como as duas tuas que acabo de ler, certamente contribuirão para situar no tempo e espaço a cidade referida,preservando a memória e o patrimônio cultural de um povo. Parabéns.