Foi ao lado de uma paixão platônica que
ouvi numa noite recifense “Me and Mrs.
Jones”, o maior sucesso da carreira musical de Billy Paul, falecido no dia 24
do mês passado. Quando soube de sua morte, apressei-me em abraçar dois objetos
empoeirados, guardiões de caras recordações, o mesmo disco de vinil e o mesmo
aparelho de som de um tempo que se foi.
Diz a música, "Temos algo acontecendo entre nós. / Nós sabemos que isto é
errado, / mas isto é muito forte / para deixar passar agora. /.../ Nós
precisamos ter um cuidado especial / para não construirmos nossas esperanças
muito altas...”
Indeciso coração. Teria sido certo ou errado
deixar corpo e alma falarem por si? Nunca saberei. Enquanto tento administrar
velhas emoções inacabadas, escuto “Me and Mrs. Jones”, pedindo aos anjos
invisíveis que levem os meus sentimentos até à personagem que um dia me fez
construir esperanças muito altas.
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Daslan Melo Lima, na sexta madrugada de maio
de 2016, em Timbaúba, PE, ouvindo Billy Paul cantar “Me & Mrs. Jones”. Ouça também, clicando neste link: https://www.youtube.com/watch?v=n2v98PGBZH4
Billy Paul (1º/12/1934-24/04/2016)
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REFLEXÃO
"Raramente pensamos no que temos, mas sempre no que nos falta."
- Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão.
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