HISTÓRIA HUMANA - Enquanto faço um selfie diante do meu pé de acácias, que nesta época do ano se veste de ouro, sorrio para o vento, tentando tirar meu pensamento do conturbado momento político brasileiro.
Lembro-me de uma citação do poeta Ferreira Gullar, que fez domingo, dia 04, a Grande Viagem:
A história humana não se desenrola apenas nos campos de batalhas e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais, entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios... O canto não pode ser uma traição à vida, e só é justo cantar se o nosso canto arrasta consigo as pessoas e as coisas que não têm voz.
Sou parte da história humana que se desenrola na tarde pernambucana que morre. Nada peço a Deus no momento, a não ser que o meu canto seja a extensão dos sonhos dos meus amigos e espalhe a beleza da minha amada árvore dourada.
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- Daslan Melo Lima. Timbaúba, PE, a um passo do Natal de 2016.
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SEM CHORO E SEM ESPANTO - Na segunda cidade mais arborizada do mundo, pausa para um clique na frente da escultura da ave que simboliza a força. Em silêncio, declamo um dos meus versículos favoritos:
Os jovens se cansam e se fatigam e os moços de exaustos caem, mas os que confiam no Senhor renovam suas forças, voam com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam. (Isaías, 40:31).
A figura de um gorila também faz parte do cenário, lembrando que estou mais próximo do continente africano, no extremo oriental das Américas, onde o sol nasce primeiro.
“E se a águia criasse vida e levasse você para longe do mar de Tambaú?“ Pergunta o menino que um dia eu fui. Respondo firme para acalmá-lo: “A confiança no Senhor do Universo me daria a tranquilidade necessária para atravessar o oceano sem choro e sem espanto."
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- Daslan Melo Lima, na manhã ensolarada de João Pessoa, Paraíba, 06/12/2016.
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REFLEXÃO
REFLEXÃO
"Eu não sei bem por que tantas queixas da vida, se há dias de sol alegrando caminhos."
- Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha (1907-2006), compositor carioca.
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