Na casa simples pintada de azul moravam o meu tio-avô Sebastião Souza Melo, sua esposa Otília e os meus primos Maria Augusta, Marinete e José.
Marinete cortava minhas unhas, colocava-me no colo, dava-me carinho e me acalmava quando eu me assustava ao ver pela janela algum “bobo” passar. Os “bobos“ eram pessoas que usavam máscaras no Carnaval.
Quando passo nesta rua, antiga Emílio de Maia e hoje Prefeito Antônio Ferreira, paro na frente da casa de nº 80, olho para a janela e peço ao menino que um dia eu fui que não se assuste. O “bobo” que se aproxima sou eu.
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Daslan Melo Lima - Memórias de São José da Laje, a cidadezinha alagoana onde nasci.
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