No Carnaval de 1958, a música
mais tocada foi “Madureira Chorou”, de Carvalhinho
e Julio Monteiro, gravada por Joel de Almeida.
O samba teve como inspiração o drama da vedete Zaquia Jorge, dona do Teatro Madureira, no Rio de Janeiro, que morreu aos 32 anos de idade, afogada no mar da Barra da Tijuca, no dia 22 de abril de 1957.
O samba teve como inspiração o drama da vedete Zaquia Jorge, dona do Teatro Madureira, no Rio de Janeiro, que morreu aos 32 anos de idade, afogada no mar da Barra da Tijuca, no dia 22 de abril de 1957.
Madureira chorou
Madureira chorou de dor
Quando a voz do destino
Obedecendo ao Divino
A sua estrela chamou
Gente modesta
Gente boa do subúrbio
Que só comete distúrbio
Se alguém lhe menosprezar
Aquela gente
Que mora na Zona Norte
Até hoje chora a morte
Da estrela do lugar
Zinho, o mestre-sala da Escola de Samba Lajense, também
morreu cedo, como a musa do samba, "quando
a voz do divino, obedecendo ao destino, a sua estrela chamou". Eu era um
garoto introvertido, estava no meio da multidão, e não sabia que um dia, ao recordar
aquele tempo mágico na minha alagoana São José da Laje, meu coração ficaria
inundado de saudade, lágrimas, poesia e nostalgia.
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- Daslan Melo Lima - Memórias de São José da Laje, a cidadezinha alagoana onde nasci.
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"Madureira Chorou",
Um comentário:
Eu era um garoto e tinha meus 14 anos, e durante o carnaval de 1958 que passava na casa de meu tio Antônio Lira, que o chefe da Estação Ferroviária de São Lourenço da Mata, ouvi por algumas vezes ser tocada a música "Madureira chorou. Eu chorei". Não entendi o porquê haver sido repetida em várias oportunidades, pois não sabia ou melhor, faltava-me a noção de que estava intimamente ligada à morte da vedete Zaquia Jorge. Só você, com suas "MEMÓRIAS DE SÃO JOSÉ DA LAJE" para nos trazer à lembrança esses fatos históricos de que a gente não tinha conhecimento ou encontravam-se distantes do alcance de nossas memórias. Parabéns pela matéria!
Jeová Barboza
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