Até a idade de doze anos, o mundo para mim se resumia apenas a São José da Laje. Eu não conhecia nenhum outro lugar, a não ser a cidadezinha alagoana onde nasci.
Naquele cenário havia um detalhe mágico, o rio Canhoto, que passava atrás da casa do meu avô materno, Gustavo Souza Melo, o "seu" Xéu, na rua Passagem de Maceió. Enquanto lavava roupas no rio, minha mãe cantava uma música que dizia assim:
Deus salve a América, terra de amor,
verdes mares e o os campos cobertos de flor.
A bonança é a esperança do altar.
Deus salve a América, meu céu , meu lar.
As pedras, os patos nadando, as “baronesas”, minha mãe cantando, o vento, o silêncio e a igreja ao longe faziam parte do meu paraíso particular. São José da Laje era minha América, meu céu , meu lar.
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Daslan Melo Lima - Memórias de São José da Laje, a cidadezinha alagoana onde nasci.
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