Daslan Melo Lima
> Os saudosistas timbaubenses vão adorar reviver
as emoções de um dos maiores êxitos do cinema.
No início da rua José do Patrocínio
havia um curral de gado, local onde foi construído o Cine Alvorada, com
capacidade para 1.044 lugares, inaugurado em 06/01/1960 e desativado em
27/04/1985. O primeiro filme exibido foi Melodia Imortal (The Eddy Duchin story) sobre a vida de um dos
maiores pianistas americanos das décadas de 30 e 40, Eddy Duchin.
Realizado pelo cineasta George Sidney
em 1956, o filme cativa a quem o assiste, tendo sido um dos maiores sucessos de
bilheteria quando de seu lançamento. Sidney apresenta um belo trabalho, com uma
direção segura, enquanto Tyrone Power brilha no papel do grande músico. Os números musicais, um dos pontos altos do
filme, foram executados por Carmen Cavallaro, um dos grandes pianistas da
época.
São inúmeros os ótimos momentos
musicais, entre os quais se encontram o Noturno Opus 9, nº 2, de
Chopin, e Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Há, ainda, várias sequências marcantes como,
por exemplo, aquela em que Duchin fala para Chiquita sobre seu amor por
Marjorie, ou as cenas finais quando ele toca em dueto com o filho. O filme recebeu
quatro indicações ao Oscar de 1958: Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora de
um Musical; Melhor Gravação de Som e
Melhor Roteiro.
Sinopse - A era das grandes orquestras, dos espaçosos
salões de baile e da vida noturna nos cassinos ganha vida novamente em Melodia
Imortal, uma biografia musical do talentoso pianista e maestro Eddy Duchin, que
embalou a sociedade nova-iorquina nas décadas de 1930 e 1940. Tyrone Power
interpreta o determinado Duchin, que chega a Manhattan sonhando apenas com um
carro Stutz Bearcat e um moço de notas tão grande quanto o Ritz. Mas na
primeira nota que tocou, Duchin roubou o coração de Marjorie Oelrichs (Kim
Novak), uma garota da alta sociedade que ensina a Duchin que é o amor, e não o
dinheiro, que traz a felicidade. Mas assim que chega a felicidade, chega também
a tragédia, deixando Duchin sozinho com um filho recém-nascido e sem vontade de
viver. George Sidney dirige esta comovente história de um homem que descobre
tarde demais a verdadeira essência da vida. Um filme de rara emoção embalado
por uma magnífica trilha sonora contendo músicas inesquecíveis de Cole Porter,
Goerge Gerswin, Frederic Chopin e Oscar Hammerstein.
Melodia Imortal pode ser assistido
no Youtube, através do link www.youtube.com/watch?v=DPCU5v0iRR8
Timbaúba, década de 1950. O Morro
da Abolição (Alto do Cruzeiro) era praticamente desabitado. No início da rua
José do Patrocínio havia um curral de gado, local onde foi construído o Cine
Alvorada, com capacidade para 1.044 lugares, inaugurado em 06/01/1960 e
desativado em 27/04/1985.
O imóvel imponente, que era propriedade do empresário Ramiro Brandão, um dos pioneiros da indústrio de calçados em Timbaúba, foi construído por Manoel José dos Santos (1907-2012). No local funciona hoje uma clínica médica e um estacionamento de veículos.
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O construtor Manoel José dos Santos, pai do ex-vereador Metaxas Rodrigues dos Santos, foi responsável pela construção, reforma e ampliações de importantes obras, não só na região, mas em todo o Brasil, conforme a página acima, de nº 207, extraída do livro "Timbaúba Ontem e Hoje-Volume II", de Lusivan Suna, Edições A Província-1996. O Sr. Manoel José dos Santos, que completaria 105 anos no dia 18 de maio de 2012, morreu no dia 22/04/2012. Era a pessoa mais idosa de Timbaúba.
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