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SEJA BEM-VINDO ! SEJA BEM-VINDA! VOCÊ ESTÁ NO BLOG PASSARELA CULTURAL, cujas postagens, na maioria das vezes, são postadas aos sábados e domingos. Nossa trajetória começou em 02/07/2004, com o nome de Timbaconexão, como coluna sociocultural do extinto site de entretenimento Timbafest. Em 12/10/2007, Timbaconexão migrou para blog com o nome de PASSARELA CULTURAL, quando teve início a contagem de visitas. ***** Editor: DASLAN MELO LIMA - Timbaúba, Pernambuco, Brasil. ***** Contatos : (81) 9-9612.0904 (Tim / WhatsApp). E-mail: daslanlima@gmail.com

sábado, 30 de agosto de 2014

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Tributo a Epaminondas Mendonça Neto

TRIBUTO A EPAMINONDAS MENDONÇA NETO  

  Epaminondas Cordeiro Mendonça Neto, médico reumatologista, filho de Paulo Lucena de Mendonça Marly de Sousa Vieira Mendonça, nasceu em Timbaúba, PE, em 1º/10/1956, e faleceu no dia 20/08, às 16 horas, em São Paulo, SP, onde vivia radicado há anos, vítima de um AVC.  Seu corpo foi velado e sepultado no cemitério de Araçá, na capital paulista.

       Epaminondas estudou na Escola Estadual Professora Elizabeth Lyra e depois no Colégio Timbaubense, onde criou a frase de conclusão do curso ginasial, em 1970, gravada  em uma flâmula, “DEUS fazei da PÁTRIA uma TERRA de ORDEM e de PAZ”, com o nome de todos os concluintes. Ele foi um dos primeiros integrantes do bloco carnavalesco Morcego, no ano em que o enredo girou em torno do mundo das fábulas e saiu como destaque da ala “Aladim e a lâmpada maravilhosa”. Atuou em criança na Paixão Cristo de Nova Jerusalém, em Fazenda Nova, Brejo da Madre de Deus, personificando um dos meninos da Bíblia. Sua infância e parte da adolescência foi dividida entre Brejo da Madre de Deus, onde moravam seus pais,  e Timbaúba, onde nasceu e viviam  Marlene e D. Deda, tia e avó maternas, com quem foi criado, na Rua Cel. Antônio Vicente, na frente do supermercado Todo Dia.   
     Sua partida foi muito lamentada por todos os que o conheceram. Eis alguns depoimentos: 
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Sally Paulino da Fonseca, psicanalista paraibana, radicada em São Paulo, SP - Perdemos um amigo daqueles que era impossível dizer apenas que o conheceu, ele deixava algo mais. Nos falamos pela ultima vez em junho e foram risadas, piadas e amenidades com aquela pitada de sagacidade própria dele. Dr Epaminondas, Nondas ou Dr Êpa, você era o cara. Com certeza Deus reservou um lugar de luz para recebê-lo. Minha familia e eu queremos enviar o nosso grande abraço de conforto para sua mãe Marly, suas irmãs Guadalupe Mendonça, Goretti, Ana Paula, Mônica Mendonça, ao irmão Savinho e um beijão para sua sobrinha Liv Moraes, por quem ele nutria um grande amor.
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Eliana Xavier, advogada paulista, Itapecerica da Serra, SP - Perdemos um grande ícone cultural que ensinou a muitos jovens o que é arte e cultura para muitos aqui em Itapecerica da Serra.
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Ynes Ribeiro, produtora cultural amazonense, radicada no Rio de Janeiro - Me amarrava no senso de humor do Dr. Nondas, nossas risadas altas irão ficar marcadas em minha mente e em meu coração. Admirava muito a sua genialidade em ver este mundo. Um agitador de sua própria mente, acho que ele vivia buscando sempre uma nova forma de agir, pensar... Ele foi um cara surpreendente, nas pequenas e grandes coisas, viveu no grau superlativo de tudo, pessoa intensa e verdadeira. Eu não tenho dúvida Nondas, você  veio de um lugar muito especial e irá para um mundo muito melhor ainda. 
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Josafá de Freitas, contabilista timbaubense, radicado em São Paulo, SP – A notícia veio através de Tranquelino Monteiro, camarada dos velhos tempos. Epaminondas Mendonça, irmão de Goretti Mendonça e Guadalupe Mendonça (viúva de Dominguinhos), foi convocado por Deus e arrebatado pelos anjos, pois ele era dessa estirpe. Sua linhagem era altaneira.
No ''Miscelânea Show'', que dirigi nos tempos do Grêmio Literário Prof. José Mendes da Silva, no Colégio Timbaubense, Epaminondas fez um número em que imitava o famoso cantor mirim espanhol Joselito, com uma dublagem que foi inclusive elogiada pelo próprio Prof. José Mendes. Guardarei sua imagem do início de sua adolescência, quando eu, inclusive, era um. O céu um dia reunirá todos nós.
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Teotônio Monteiro, artista plástico timbaubense, residente no Recife, PE – Nondrinhas, como o chamávamos em criança, era um menino inteligente, poeta, feliz, criativo. No meu livro de recordações, datado de 19/11/1970, assim se expressou: “Evite rasgar pacotes de fubá para encontrar a verdadeira paz de espirito! Todos os meus desejos são expressados em uma só palavra: Felicidades!”  
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Dinamérico Albuquerque, o Sr. Dino, comerciante, residente no bairro de Timbaubinha, Timbaúba, PE– Estou muito emocionado. A última vez que nos encontramos foi há quarenta anos e eu alimentava a esperança de um dia vê-lo novamente.
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Ana Glória Araújo, nutricionista timbaubense, radicada no Recife, PE - Epaminindas viveu sua vida a serviço da humanidade. Nunca irei esquecer aquele garoto que subia nos pés de goiaba lá de casa e soltava as cascas na cabeça da gente e dava aquela risada. Subia o Alto do Cruzeiro para distribuir presentes de Natal para as crianças da comunidade. E a brincadeira do copo girante na casa de Geruza Melo. O copo girava no alfabeto e números, fora os encontros na casa de D. Alguinha Feliciano. E os preparativos para o bloco Morcego, as brigas para os destaques do bloco. E D. Deda, sua avó,  que acolhia todos à tarde para as aulas de inglês com Miranês, depois do lanche só conversas e risadas. E as excursões nos dias de domingo com mamãe e papai.
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Ouça a voz de Epaminondas Mendonça Neto declamando "Desassossego", um poema de sua autoria em memória de Dominguinhos (1941-2013), clicando neste link
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"Sobreviventes de rua: a arte de cuidado à saúde", vídeo com duração de 12 minutos e 08 segundos, é um trabalho instigante apresentado e produzido por ele. Clique neste link e confira,
https://www.youtube.com/watch?v=H9Bfq2lwGKc

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      A Missa de sétimo dia em memória de Epaminondas Mendonça Neto, o Nondas, médico reumatologista timbaubense radicado em São Paulo, foi celebrada na terça-feira, 26, às 19 horas, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Boa Viagem. ***** A emoção foi o dado marcante da cerimônia, mas dentro do espírito cristão todos procuraram com fé em DEUS comungar com aquela expressão que diz: saudade, sim; tristeza, não.

Acima, Savinho, irmão de Nondas, José  Marcos de Vasconcelos Carvalho e Tranquelino Ferreira Monteiro. Abaixo, Tranquelino, KêniaGuadalupe Mendonça (irmã de Nondas), Nadja Palma Pedrosa de Vasconcelos Thales Feliciano; em seguida, Tranquelino e D. Marli (mãe de Nondas).  


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SESSÃO NOSTALGIA - Janeta Eleomara Hoeveler, Miss Rio Grande do Sul 1974


Daslan Melo Lima

     
      Representando o  Sport Club Internacional, Janeta Eleomara Hoeveler, 21 anos, foi eleita Miss Porto Alegre e Miss Rio Grande do Sul 1974. Segundo lugar no Miss Brasil, Janeta representou o País no Miss Beleza Internacional. A bela gaúcha  atua  hoje como Consultora de Imagem e presta assessoria em imagem pessoal e corporativa. Tem  pós-graduação em Moda e Design, pós-graduação em Marketing  e bacharelado  em Comunicação Social, com especialização em Publicidade e Propaganda, pela PUC. Foi casada com Ricardo Russowsky, presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul) e Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), tem dois filhos que já lhe deram netos, continua bonita e em ótima forma física.
 
      Conheci Janeta pessoalmente em junho de 1975, no Recife, na noite da eleição da Miss Pernambuco 1975, quando a vitoriosa foi Maria de Fátima Mourato de Souza, Miss Serra Talhada. Diante de um público estimado em mais de 20 mil pessoas, Janeta desfilou na passarela do Geraldão na condição de Miss Brasil 1974, pois a paulista Sandra Guimarães de Oliveira tinha renunciado ao título. Surpreendi-me ao ver uma garota fresh, como se diz hoje em dia, descontraída, diferente das imagens que apareciam nas revistas, sem  aquela maquiagem pesada, o que era comum na época. 

O TOP 3 DO MISS BRASIL 1974 - Janeta Eleomara Hoeveler, Miss Rio Grande do Sul, segundo lugar; Sandra Guimarães de Oliveira, Miss São Paulo, primeiro; e Marisa Sommer, Miss Brasília, terceiro lugar.
       Nos anos 90, Janeta Eleomara declarou numa entrevista que durante o seu reinado se sentia  desnorteada com as recomendações da sua acompanhante, orientando para que quando acordasse fosse logo ao banheiro escovar os dentes e colocar cílios, e que nem para tomar café da manhã poderia aparecer sem maquiagem.  “Eu achava  um horror. Sofri bastante. Tinha sim uma dose muito grande de alegria e uma dose muito grande de sofrimento... Mas havia um diretor que dizia: não pinta muito essa guria porque ela é  bonita de cara lavada, mais natural. Se tirar tudo dela ela ganha concurso, se tirar toda esta maquiagem ela ganha e tem muitas aí que se eu tirar não vai ganhar. “
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    Neste agosto que se esvai, contemplo as imagens atuais da senhora Janeta Eleomara Hoeveler e reencontro o Daslan Melo Lima daquele 1975, no  Ginásio de Esportes Geraldo de Magalhães Melo, o Geraldão, embevecido  diante do desfile da mais bela gaúcha de 1974.
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Clique neste link e assista ao vídeo do desfile em traje de gala das candidatas ao Miss Brasil 1974, https://www.youtube.com/watch?v=Ym2REcBU5Ww

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sábado, 23 de agosto de 2014

SESSÃO NOSTALGIA - As memórias de Paulo d'Arce, um missólogo pernambucano

Daslan Melo Lima

   

  “Minha paixão pelas Misses começou em 1957, quando Teresinha Morango foi eleita Miss Amazonas, Miss Brasil e vice-Miss Universo”, disse-me o geógrafo Paulo Fernando d’Arce, pernambucano natural de Garanhuns, radicado no Recife, ao iniciarmos uma deliciosa conversa sobre Misses, assunto fascinante para ele e para mim. Foi na tarde fria do sábado, 16, que nos encontramos na praça de alimentação do shopping Paço Alfândega, no Recife, local combinado para nossa entrevista. Culto, tranquilo e bem humorado, Paulo d’Arce frisou que tem outra grande paixão além das Misses, o voleibol. 



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Passarela Cultural – Quando e como começou sua paixão pelas misses?
Paulo d’ArceEu ainda era um menino e tudo começou em 1957, quando vi as fotos de Teresinha Morango nas capas de revistas. Fiquei encantado por ela. Anos depois, na adolescência, eu pegava dois ônibus para chegar ao  Aeroporto Internacional dos Guararapes, a fim de comprar todas as revistas sobre os concursos, antes que chegassem às bancas do meu bairro. Infelizmente, no ano de 1975, uma  enchente do rio Capibaribe atingiu minha casa e destruiu todo o meu acervo.

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Passarela Cultural – Quem é sua Miss Pernambuco inesquecível?
Paulo d’Arce Edilene Torreão, terceira colocada no Miss Brasil 1960 e representante do País no Miss Mundo.  

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Passarela Cultural – Qual a pernambucana mais injustiçada da história do Miss Brasil?
Paulo d’Arce Ângela Agra Galvão, classificada em quinto lugar no Miss Brasil 1978.

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Passarela Cultural - Quais as candidatas mais injustiçadas do concurso Miss Pernambuco?
Paulo d’Arce - Por ordem cronológica: Lúcia Santa Rita, Miss Sport Club do Recife, terceiro lugar no Miss Pernambuco 1967; Albanize Maria Braga Coelho, Miss Sport Club do Recife, quinto lugar no Miss Pernambuco  1974; e Virginia Helena Gomes, Miss Clube Náutico Capibaribe, terceira colocada no Miss Pernambuco 1981, quarto lugar no Miss Brasil como representante da Paraíba.

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Passarela Cultural -  Quem é a sua Miss Brasil inesquecível?
Paulo d’ArceMartha Jussara da Costa, Miss Rio Grande do Norte, Miss Brasil 1979, quarto lugar no Miss Universo 1979. Martha Jussara, na minha opinião, foi a brasileira mais injustiçada da história do Miss Universo.

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Passarela Cultural - Uma vice-Miss Brasil inesquecível.
Paulo d'Arce Vera Lucia Couto Santos, Miss Guanabara, vice-Miss Brasil 1964, terceira colocada no Miss Beleza Internacional 1964. Ela poderia ter sido a primeira colocada no Miss Brasil daquele ano, enquanto Ana Maria Costa Caldas, Miss Pernambuco, quarto lugar, estaria numa posição melhor como vice de Vera.

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Passarela Cultural - Qual a sua Miss Universo inesquecível? 
Paulo d'Arce Amparo Muñoz (1954-2011), Miss Espanha, Miss Universo 1974. 
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Passarela Cultural - Qual a jovem internacional mais injustiçada do Miss Universo?
Paulo d'Arce - Yulia Lemigova, Miss Rússia, em 1991, ano em que a vencedora foi a mexicana Lupita Jones. Yulia ficou em terceiro lugar. Outra injustiçada,  Carolina Eva Izsak Kemenify, Miss Venezuela, em 1992, finalista, quando a eleita foi Michelle McLean, da Namíbia. Cito também a bela Cynthia Olavarría, Miss Porto Rico,   segundo lugar no Miss Universo 2005, vice de Natalie Glebova, Miss Canadá.
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Passarela Cultural - Uma Miss Beleza Internacional inesquecível.
Paulo d'Arce – Stanley van Baer, Miss Holanda, Miss Beleza Internacional 1961.
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Passarela Cultural - Uma Miss Mundo inesquecível.
Paulo d'Arce - Lúcia Tavares Petterle, Miss Guanabara, vice-Miss Brasil, Miss Mundo 1971.
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Passarela Cultural - O que diz sobre as misses que se submetem a intervenções cirúrgicas? 
Paulo d'Arce - Muitos consideram isso uma coisa normal, mas eu preferia as misses do passado com suas imperfeições. Maria Raquel Helena de Andrade tinha nariz de "batatinha", mas foi eleita Miss Guanabara, Miss Brasil e semifinalista no Miss Universo 1965.
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Passarela Cultural - Cite alguns detalhes marcantes que você guarda na memória.
Paulo d'ArceSão muitos, mas é impossível esquecer Adalgisa Colombo (1940-2013), Miss Distrito Federal, Miss Brasil e vice-Miss Universo 1958,  com aquele penteado, o cabelo para trás, um coque, uma imagem atemporal. Você vê uma foto antiga de Adalgisa e tem a impressão que é atual. 

Lembro-me de um exemplar do jornal Última Hora com uma reportagem intitulada "As três forças do Ouro”, referindo-se às louras Maria Raquel Helena de Andrade, Miss Guanabara; Sandra Rosa, Miss São Paulo; e Mary Grace Oiticica Bandeira, Miss Alagoas, apontadas como favoritas ao título de Miss Brasil 1965. Maria Raquel conquistou o primeiro lugar, Sandra foi sua vice, e Mary Grace não figurou entre as finalistas.  Conheci Maria Raquel e Mary Grace na loja Dias Junior, em frente ao prédio do Diario de Pernambuco, quando elas vieram para um evento no Recife. A beleza de Mary Grace dava de dez a zero em Maria Raquel. 

Não poderia deixar de falar no belo vestido azul que Jerson fez para  Martha Vasconcellos, Miss Bahia, Miss Brasil, Miss Universo 1968, e o modelo que Marcílio Campos criou para minha amiga Enilda Sá Barreto, Miss Pernambuco 1973.   


Outro dia fui apresentado a uma jovem e durante nossa conversa, ao saber que eu era apaixonado por concursos de misses,  ela disse: “Minha mãe foi Miss Bahia 1959.” Aí eu falei: “Maria Euthyma Manso Dias, terceira colocada no Miss Brasil.” Surpreendida com minha resposta, tratou de  promover um encontro entre mim e Maria Euthymia Manso Pimentel, radicada há muitos anos no Recife, considerada uma das mulheres mais elegantes da sociedade pernambucana, esposa do empresário Tácito Pimentel. Maria Euthymia está em ótima forma física e ainda possui o vestido de gala com o qual desfilou no Maracanãzinho. Foi vestida nele que ela se apresentou há alguns anos num evento beneficente.


Gostaria de registrar o mais belo cenário de um concurso de Miss Universo, o palco do  teatro Odeão de Herodes Ático, na Acrópole de Atenas, Grécia, em 1973. Fantástico!
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Passarela Cultural - Você incentivaria uma garota da sua família a disputar o Miss Pernambuco? 
Paulo d'Arce - Sim, desde que ela tivesse essa vontade, mas nenhuma até agora demonstrou interesse. Embora os certames tenham se distanciado de todo aquele glamour do passado, eu ainda me entusiasmo para assistir aos concursos e acompanhar as trajetórias das misses. Como você sempre diz, Daslan, paixões são paixões, simplesmente paixões, não se explicam. 

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sábado, 9 de agosto de 2014

SESSÃO NOSTALGIA - Eu e você, o Brasil em Miami! Vamos?


Daslan Melo Lima

     No mês de agosto de um tempo que se foi, a Miss Brasil do ano já  tinha sido eleita, assim como a Miss Universo. Do Oiapoque ao Chuí, todos  ficavam encantados ao encontrar nas  bancas de revistas  as famosas publicações O Cruzeiro, Manchete, Mundo Ilustrado e Fatos & Fotos com suas reportagens generosas sobre os concursos de misses.

     Neste sábado frio de agosto de 2014, aleatoriamente, abro uma revista dos anos sessenta e encontro uma bela e original propaganda da Braniff International Airways com  a mineira Staël Maria da Rocha Abelha, Miss Brasil 1961.


O Cruzeiro, Ano XXXIII, nº 40, 15/07/1961 - Acervo: DML/Passarela Cultural


Eu e você -  o Brasil em Miami! Vamos?    - Lá  estarei representando nossa terra, no grande desfile do dia 15 de julho. Você não gostaria de ir também a Miami, para assistir a todo o desenrolar do concurso e torcer pelo Brasil?  Como eu vou ficar contente em ouvir suas palmas, ali pertinho de mim, na passarela. A caravana brasileira segue dia 13, nos fabulosos Super-Jets 707-227 da Braniff. Já imaginou que maravilha, Miami toda em festa, gente de todo o mundo, os passeios, o concurso... Vamos! O programa inclui  a viagem de ida e volta, com acomodações reservadas nos melhores hotéis, ingressos para todos os desfiles e roteiro de lindos passeios. Serão dias inesquecíveis! Você vai ver com os seus próprios  olhos um dos maiores acontecimentos mundiais, pela Braniff.

     Neste sábado frio de agosto de 2014, fecho os olhos e entro no túnel do tempo, de volta ao passado. Sou apenas uma criança dos anos 60, um menino sonhador alagoano de São José da Laje   que deseja conhecer o glamour e assistir ao concurso Miss Universo 1961. Embora eu e você já sabemos que Staël não será classificada e que a loura alemã Marlene Schmidt sairá vitoriosa, insisto : Eu e você - o Brasil em Miami! Vamos? 

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sábado, 2 de agosto de 2014

É AGOSTO OUTRA VEZ. ASSIM SEJA !

          

     É agosto outra vez. Agosto que rima com gosto e desgosto. Tristezas e alegrias, ganhos e perdas, amores e desamores, sonhos e pesadelos fazem parte do dia a dia no planeta Terra, mas é o oitavo mês do ano que ganhou a triste fama de ser conivente com a a adversidade.        
       Vamos ter fé em DEUS e relaxar. Logo mais, num abrir e piscar de olhos, com a bênção do Arquiteto do Universo, será setembro. O sétimo mês do ano haverá de nos encontrar mais sábios, independente do destino ter semeado em nossa caminhada uma cota de desgosto mais alta do que deveria.         
      Escrevi os versos  abaixo há muitos anos, num agosto que se foi, ao pressentir que uma paixão estava chegando ao fim.

Os ventos de agosto sibilam a certeza
de que, além do desamor e da incerteza,
fortes estarão minha fé e meus braços
para acreditar no amor quando falharem teus abraços.

       Um anjo invisível, parceiro da minha poesia, ditou as palavras com sabor de profecia. E eis que neste agosto de 2014, fortes estão minha fé e meus braços, acreditando no amor, interagindo com outros abraços.
     É agosto outra vez. Assim seja !
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Daslan Melo Lima, no Marco Zero, Recife, PE, 1º de agosto de 2014.


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