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SEJA BEM-VINDO ! SEJA BEM-VINDA! VOCÊ ESTÁ NO BLOG PASSARELA CULTURAL, cujas postagens, na maioria das vezes, são postadas aos sábados e domingos. Nossa trajetória começou em 02/07/2004, com o nome de Timbaconexão, como coluna sociocultural do extinto site de entretenimento Timbafest. Em 12/10/2007, Timbaconexão migrou para blog com o nome de PASSARELA CULTURAL, quando teve início a contagem de visitas. ***** Editor: DASLAN MELO LIMA - Timbaúba, Pernambuco, Brasil. ***** Contatos : (81) 9-9612.0904 (Tim / WhatsApp). E-mail: daslanlima@gmail.com

sábado, 28 de maio de 2016

Quando as lágrimas teimam acompanhar o rio

Rio Capibaribe-Mirim, Timbaúba, PE (Foto: DML/Passarela Cultural)
CHEIRO DE INFÂNCIA - Diante do Rio Capibaribe-Mirim, caudaloso em decorrência das últimas chuvas, fico embriagado de lembranças da infância. O cenário e o cheiro remetem ao Rio Canhoto em época de invernada alagoana em São José da Laje. 
Outro ângulo do Rio Capíbaribe-Mirim, Timbaúba, PE (Foto:Arquivo Pessoal/DML)
        Enquanto o menino que fui deseja ficar mais tempo contemplando o Capibaribe-Mirim, eu vou me afastando devagarinho, pois minhas lágrimas teimam acompanhar o rio e se afogar no mar. 

Rio Canhoto, São José da Laje, AL (Foto: Higo Fernandes/Arquivo Pessoal)
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- Daslan Melo Lima, maio em Timbaúba, Pernambuco.

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REFLEXÃO


"Saibam escutar, e estejam certos de que o silêncio muitas vezes produz o mesmo efeito que a ciência."
- Napoleão Bonaparte (1769-1821), militar, líder político e imperador francês.
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De Timbaúba para o Mundo - Miss "Pirua" 2016, um Carnaval para recordar

UM CARNAVAL PARA RECORDAR - "Piruas", quando os machos sonham ser Misses

     Há alguns anos a revista VIP realizou uma enquete entrevistando um grande número de homens em várias capitais brasileiras, sobre questões referentes ao carnaval. Os resultados da enquete foram surpreendentes, apesar de não ser novidade o gosto ou o sonho de muitos homens por se vestirem de mulher no carnaval. Segundo os resultados da pesquisa feita com os leitores da dita revista, 3,5% dos entrevistados afirmou que gostam do carnaval justamente porque podem vestir-se de mulher, outros 2,6% dos entrevistados estar vestido de mulher já vale o carnaval dos sonhos e outros 3,2% dos entrevistados afirmam que o lugar mais divertido para pular carnaval é nos blocos em que os homens se vestem de mulher. Resumindo a enquete, cerca de 10% dos homens entrevistados passam ou gostariam de passar o carnaval vestidos de mulher.
         Desde que se tem lembrança do carnaval, esse fenômeno acontece no Brasil inteiro, homens que são héteros e muito machos, e outros nem tanto, se vestem de mulher e soltam a franga, ou seja,  assumem um lado feminino, alegre e com desinibição, fazendo a festa com muita diversão. E vale prestar atenção, eles nunca usam uma roupa e uma maquiagem discreta ou elegante, na grande maioria das vezes assumem o papel de uma mulher vulgar com vestidos justos e sensuais, uma maquiagem pesada, batons muito vermelhos, seios grandes, decotes ousados, fendas e saltos altos, mesmo que se equilibrem com visível dificuldade. 
        Homem vestido de mulher no carnaval é um fenômeno nacional.   Muitos psiquiatras e outros especialistas já tentaram explicar este fenômeno, mas não chegaram a um consenso. Entre tantas teorias vigentes a que tem mais adeptos é aquela que afirma que o carnaval é a oportunidade que os homens encontram de exorcizar a  fragilidade e afetividade reprimida no dia a dia, ou mesmo, soltar a franga.
      Este ano, o bloco irreverente timbaubense As Piruas (assim mesmo, com a letra “i”) completou 25 anos de existência e levou às ruas dezenas de rapazes, a maioria com um sonho: ser eleita Miss Pirua 2016
     
      
       Danilo Gadelha, vestiu azul em homenagem a Pia Alonzo WurtzbachMiss Filipinas, Miss Universo 2015, e faturou o primeiro lugar. Seu maior concorrente foi Rafael Carlos, de Roqueira, que conquistou o segundo lugar, enquanto Cleto Silva, de Oriental, faturou o terceiro lugar. Danilo ganhou troféu, 150 reais em dinheiro e uma faixa elaborada pela empresa Imagem-Gráfica Rápida. Os demais finalistas, prêmios em dinheiro e troféus.          A comissão julgadora foi composta pelo professor Leomir Lima, Franciele Roberta (Garota Verão de Timbaúba 2015), e pelo artista Leo do Pagode, sob a coordenação geral deste editor.

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UM FATO EM FOCO

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Rua de Goiana. Um cano d'água estourado cobriu o calçamento e deixou um buraco escondido sob as águas. Resultado: um veículo danificado. Fotos enviadas por Walfredo Silva, via whatsapp. 

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TÚNEL DO TEMPO – As garotinhas, alunas da Escola Santa Maria, nem se davam conta naquele ano, o primeiro da década de 1960, que seriam testemunhas de uma época marcante para o Brasil e para o planeta Terra. 
Entre os fatos históricos, a Guerra do Vietnam; as mortes de John Kennedy e Martin Luther King; a chegada do homem à lua; a minissaia; os títulos de Miss Universo conquistados pela gaúcha Ieda Maria Vargas e pela baiana Martha Vasconcellos; a Palma de Ouro do Festival de Cannes concedida ao filme brasileiro “O Pagador de Promessas”; o golpe militar; os festivais de música; a Jovem Guarda... 
Aquelas garotinhas nem se davam conta de que um dia, lá longe, acessariam este blog e entrariam no túnel do tempo com os olhos marejados de lágrimas, lágrimas de saudades de um tempo que se foi, para sempre se foi. 
- Foto: Cortezia.
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SESSÃO NOSTALGIA - A vida anônima de Zezé Leone, Miss Brasil 1922

Daslan Melo Lima

     

      Natural de Campinas, SP, onde nasceu em 1º/12/1902, mas radicada desde os sete anos de idade em Santos, SP, Maria José Leone, ou simplesmente Zezé Leone, tornou-se um ídolo nacional ao se eleger Miss Brasil 1922. Zezé Leone morreu no dia 30/11/1965, em decorrência de um AVC-Acidente Vascular Cerebral.         O texto e as imagens abaixo foram extraídas da Revista do Globo, ano XXIV, nº 592, de 08/08/1953, mostrando o anonimato em que ela vivia, trinta anos depois de eleita a mulher mais bela do Brasil. 

    Na transcrição da reportagem, respeitei as regras de ortografia e pontuação da época, tal e qual foi postada há 63 anos, a fim de que esta matéria tenha a característica de documento de um tempo que se foi.



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Zezé Leone: Em São Paulo, Anônimamente
Reportagem de Daniel Linguanotto
Revista do Globo, ano XXIV, nº 592, 08/08/1953

      Por ter sido o primeiro ou por outros motivos, todos os cronistas concordam que o concurso para eleição de “Miss Brasil”, realizado em 1922, foi o mais rumoroso. Avassalou o país. Um deus-nos-acuda. Um impacto tremendo no “berço esplêndido”, onde madornava a nossa vida social de país adolescente. E transformou Zezé Leone, sossegada mocinha paulista, num ídolo nacional. Sua figurinha mignon tornou-se o símbolo das “melindrosas”, versão antiga dos nossos “brotos”. Seu “pega-rapaz”, uma vírgula de cabelo tombado na fronte, inspirou poetas e pintores e acabou imortalizado no traço de Raul Pederneiras.
     Se faltavam os jornais e revistas de grande circulação; o rádio solerte; os shorts cinematográficos, havia o entusiasmo pela novidade inventada pelos americanos. Havia o gramafone a exaltar em maxixes e fox-trots a “beleza sem carmin” de Zezé Leone. Ainda hoje muita gente possui aqueles pratos de cerâmica colorida, de pendurar na parede, com a sua figurinha graciosa. Trinta anos faz isso.
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Graciosa como em 1922, a primeira Miss Brasil conserva ainda o vestígio do antigo “pega-rapaz”, aquela vírgula de cabelo pendida na fronte.
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      Hoje, posta em sossego, como se jamais tivesse experimentado o brilho da glória, modesta e simples, fui encontrá-la em São Paulo. Zezé Leone mora num bonito apartamento, cujo enderêço ela me pede não divulgar para não ser importunada. “Na idade da discreção, mas ainda de boa sombra e belas côres”, como diziam os autores quinhentistas, Zezé Leone conserva todo o gracioso encanto que fêz dela o símbolo de beleza da mulher brasileira da década de 1920 e 1930. Quer agora, porém, desfrutar apenas a glória do lar, anônimamente. Desfez-se dos recortes de jornais e revistas da época, das fotografias, de todas as reminiscências. Vive para o marido. Não tem filhos. Teve uma menina, morta em pequena. Dedica-se com desvelo a uma sobrinha-neta nascida no dia em que o repórter a procurou.
      Cêrca de duas horas durou a nossa conversa. Mas foi sobre generalidades, Zezé Leone não quis responder de pronto as perguntas sobre o concurso.  - Já não me lembro de quase nada da época – desculpou-se. Deixei as perguntas por escrito. Ela iria tentar, durante os seus vagares domésticos, respondê-las, como, de fato, respondeu-as. Telegraficamente! As perguntas eram mais extensas do que as respostas!  - Não guardo saudades – justificou. – O concurso, o título de “Miss Brasil” me trouxeram mais aborrecimentos do que alegria. Meus pais não se opuseram. Mas se eu tivesse uma filha, jamais consentiria que ela concorresse a um concurso dessa natureza.

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Zezé Leone teve mais popularidade que o então Presidente da República Arthur Bernardes. Hoje, na sua simplicidade, faz ainda “boa sombra”.
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      Não pude apurar quais foram os seus aborrecimentos, porque esta pergunta foi respondida por escrito, tal como está. Acredito que não se deve ao certame, pois ela confessa que foi imensamente homenageada com recepções, bailes, festas. Recebeu todos os prêmios prometidos. Uma casa em Santos, viagem à Europa, que por sua desistência foi transformada em dinheiro, jóias, objetos de arte, vestidos. Fêz um filme, que se chamou “A mais bela”, rodado em Itanhaem pela Campos Filme. Embora, de tudo, de todas as homenagens que recebeu em 1922, apenas de uma se recorda realmente com carinho e emoção. Foi a que lhe prestou a cidade de Campinas. E aqui Zezé Leone me pede para fazer uma retificação “histórica”: não é santista, como se pensa. É campineira. Daí a satisfação em receber as homenagens dos seus conterrâneos.
      Em 1922, Zezé Leone morava em Santos com a família e foi surpreendia pelos acontecimentos. “Dados aos  moldes do concurso”, explica, seus pais concordaram em que ela se inscrevesse. Escolhidas três representantes de cada Estado, por votação popular, deveriam elas submeter-se a um júri no Rio, composto de nomes de projeção na vida artística e intelectual do país. Recorda-se de dois dêles: o pintor Batista da Costa e Raul Pederneiras, professor de direito e expoente da charge na época. Foram suas companheiras na jornada de São Paulo ao Rio, Orminda Ovale e Dorotildes Adams.

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Orgulhosa dona de casa, depois de ter jogado fora tôdas as fotos e reminiscências do concurso de 1922, vive apenas para a glória do lar.
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      Tudo aconteceu meio de repente. Chegara à Capital da República precedida, é verdade, de prestígio que lhe dera o fato de ter sido escolhida como a mais bela paulista. Mas com ela seguiram outras duas portadoras das mesmas credenciais. Assim quando o júri a proclamou a moça mais bonita do Brasil... quase desmaiou! Daí em diante foi o delírio, uma vida corrupiante que durou meses. Festas, festas, festas. E o seu nome impresso em todos os jornais, na cêra de quanto disco rodou o país em maxixes, valsinhas e fox-trots, exgotando a inspiração dos compositores. Glória de embatucar o próprio Bernardes, então preocupadíssimo com os problemas do seu governo tumultuário. Depois o filme, levando a sua beleza e vivacidade através do celulóide e exibido em todos os “poeiras” do país. E as alegres caricaturas da Raul na “Revista da Semana”, no “Malho”, na “Careta”: um círculo do qual escapava uma interrogação, o “pega-rapaz”. Era o quanto bastava para o público adivinhar a “melindrosa” Zezé Leone. Até marca de cigarros com o seu nome surgiu. Em suma capa de todas as revistas, o “motivo” de decoração de todas as vitrinas, o símbolo, afinal da beleza da mulher brasileira. Até há pouco tempo havia ainda no Rio um hotel com o seu nome.

     E note-se, naquele tempo não havia os famosos e concorridíssimos desfiles em maillot! – No meu tempo – informa Zezé Leone – o que importava era a linha do rosto. E modestamente acrescenta que os concursos de hoje são mais “puxados”, porque exigem perfeição de conjunto. – As moças de hoje – finaliza – são incomparàvelmente mais bonitas que as de 1922. Creio que para isso tem concorrido a prática dos esportes e as gentilezas da moda.
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      Embora a matéria acima cite Zezé Leone como a primeira Miss Brasil, vale a pena esclarecer o que se segue: 

1 - Na revista O Cruzeiro, ano XXXVII, de 22/05/1965, o jornalista Brício de Abreu (1903-1970) citou Aymée, artista de opereta e canto, francesa radicada no Rio de Janeiro, como a primeira Miss Brasil. Esse título é questionado pelos missólogos. Aymée simplesmente venceu uma enquete promovida por  Gryphus, jornalista do “Diário do Rio”, para saber, entre críticos e intelectuais, qual era “ a artista mais linda do Rio de Janeiro “. Tal fato só ficou conhecido graças a uma crônica do escritor Machado de Assis (1839-1908) falando sobre a eleição.
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2 - Não há dúvida em apontarmos Violeta Lima Castro, do Rio de Janeiro, como a primeira Miss Brasil de todos os tempos, eleita em 1900. 
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3 - Antes de Zezé Leone, também houve um concurso  no Rio de Janeiro, do qual saiu vitoriosa Noêmia Nabuco de Castro, considerada a Miss Brasil 1912. 
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4Depois de Zezé Leone, vieram: Olga Bergamini de Sá, do Distrito Federal (1929); Iolanda Pereira, do Rio Grande do Sul (1930); Ieda Telles Menezes, do Distrito Federal (1932); Vânia Pinto, do Distrito Federal  (1939) e Jussara Marques, de Goiás (1949). 
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5 - Foi em 1954, com Martha Rocha, Miss Brasil e vice-Miss Universo, que o concurso Miss Brasil ressurgiu marcando época, antes e depois da baiana com suas lendárias duas polegadas a mais nos quadris.
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         Ao encerrar  a última Sessão Nostalgia de maio de 2016, deixo aqui uma imagem da Zezé Leone quando era menina, e esta citação de Platão, para reflexão de você, leitor, leitora: "Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz."

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sábado, 21 de maio de 2016

Leva esta saudade e a desilusão, leva a minha vida e o meu coração

         
      
      Foi numa tarde cinzenta, na minha alagoana São José da Laje, que cheguei ao casarão do Sítio Limão, a fim de entregar a Vera Estela um par de calçados que meu pai tinha consertado. Deitada numa rede, minha colega do Ginásio São José cantava "Vai", um bolero de Anísio Silva. 

Pelas noites que já passei,
noites tristes, noites sem fim;
pelas lágrimas que derramei,
por estares longe de mim;
pelos dias de desenganos,
que ao teu lado tanto sofri;
pelas horas e pelos anos, que eu passei pensando em ti...



         Depois de vários anos, estivemos lado a lado, em janeiro, onde conversamos sobre os mistérios da vida e da morte. Enquanto isso, o vento e os anjos invisíveis cantavam em silêncio o trecho final da canção:

Vai, leva esta tristeza,
leva esta saudade
e a desilusão.
Vai, vai minha querida,
leva a minha vida e o meu coração.


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Para ouvir a música, clique https://www.youtube.com/watch?v=DG1-VDGKs3c
Daslan Melo Lima, maio em Timbaúba, PE


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REFLEXÃO


"Nada suscita tanta melancolia como a ideia de não conhecer todos os seres que teríamos podido amar, que vamos morrer antes de termos podido encontrá-los."
- Carlos Fuentes (1928-2012), ensaísta e escritor mexicano.

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De Timbaúba para o Mundo

Timbaúba Centenária, os 34 anos de uma publicação histórica
 
> Uma revista, editada em fevereiro de 1982 , marcou os 100 anos de posse da primeira câmara de vereadores
 
         “Ora, se em 1982, Timbaúba completou um século, pois tenho um exemplar da revista Timbaúba Centenária, a cidade fez 134 anos no último dia 08 de abril, e não 137, conforme foi divulgado”. Eis o que questionou  M.C., leitora da revista TIMBAÚBA EM FOCO, através de e-mail dirigido ao mim, co-editor. Vamos esclarecer o ocorrido.
         A Lei Provincal número 1.363, de 08 de abril de 1879, criou o município de Timbaúba, com território desmembrado do de Itambé. No dia 21 de fevereiro de 1882, quase três anos depois, foi empossada a sua primeira Câmara de Vereadores, assim constituída: José Barbosa Pereira D’Andrade, presidente interino; Francisco Cabral de Melo Cavalcanti, Manoel Gomes Cavalcanti, José Remígio D’Albuquerque, Francisco Rodrigues da Paixão, Antônio Francisco Cavalcanti de Lira e Antônio Gomes D’Andrade, secretário interino. A revista Timbaúba Centenária rendeu um tributo aos 100 anos de instalação da Câmara de Vereadores, e não aos 100 anos de Emancipação Política, pois em 1982, o município já tinha 103 anos de independência de Itambé.

Quem era quem em 1982? 


Presidente do Brasil: João Batista Figueiredo
Governador de Pernambuco: Marco Antônio de Oliveira Maciel. 
Prefeito de Timbaúba: Antonio Ferreira Duarte.
Vice-prefeito: Gilson Muniz Dias. 
Vereadores: Daniel da Costa Mendonça, presidente; Manoel de Souza Lima, Salomão Carlos Maracajá Pessoa, Fernando Andrade Ferreira, Metaxas Rodrigues dos Santos, José Joaquim Pereira Campos e Antonio Chacon Cavalcanti de Albuquerque. 
Suplentes: Eliezer Barbosa de Araújo, Antonio Joaquim Zegas, Féliz Tavares de Oliveira e Mário de Moura Gomes. 
Secretária de Finanças: Maria do Carmo Ribeiro Chateaubriand. 
Secretário de Administração: Luiz Gonzaga de Albuquerque Régis. 
Secretária de Educação: Celma Lúcia de Vasconcelos. 
Tesoureira: Maria Odete Barbosa Carvalho. 
Juiz de Direito: Dr. Sebastião Romildo Vale de Oliveira. 
Promotor Público: Dr. João Antas Florentino. 
Pároco: Padre Manoel Barbosa da Silva Baher.

    Contendo 70 páginas, a revista Timbaúba Centenária teve uma tiragem de cinco mil exemplares, numa edição primorosa da Prefeitura Municipal, impressa pela Promídia Comunicação S/C Ltda, do Recife. O sucesso foi fruto de uma equipe criada pela Comcent, Comissão do Centenário, criada pelo Decreto Municipal nº 1.118, de 1º/09/1981.    

      Na última página da Timbaúba Centenária, concluindo sua crônica, Celma Lúcia Vasconcelos escreveu:
“Possa os líderes do futuro trabalhar com energia e sem ambições pessoais, para transformar esta cidade num exemplo digno de ser seguido pelas urbes de todo o Brasil. E que, daquela fazenda perdida nos rincões longínquos do Nordeste com uma arvore a dar-lhe o nome, possa surgir, um dia, a metrópole, espalhando para toda a Pátria e quiçá para o mundo, a lição do que pode fazer o amor à terra, o desejo de progresso, a união de um povo.” 
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PARTIDA -  E partiu para a Grande Viagem, na quinta-feira, 19, uma das figuras mais conhecidas de Timbaúba, Carlos Borromeu, 67 anos, proprietário do restaurante Casa Grande. O corpo foi velado na Rosa Master e o sepultamento ocorreu ontem, sexta-feira, 20, no Cemitério de Santa Cruz.   À família enlutada, nossas condolências, em especial para Suely Jordão Rigaud e Nadja Palma Pedrosda de Vasconcelossuas primas, minhas ex-colegas de trabalho no BNB, Banco do Nordeste do Brasil.

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HOSPITALIZADO - O estimado Enicênio Queiroz (63 anos completados no dia 24 de janeiro), na foto ao lado da sua esposa Verônica, sofreu desmaios e está internado na UTI do Unicordis, no Recife. Vamos orar para que Deus o proteja. 

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Sessão Nostalgia - Até o sol do outro dia

Daslan Melo Lima

       
       Menos ou mais de 8.000 baianos assistiram à eleição da morena Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, no Ginásio Antônio Balbino. Quem mais aplaudiu a Miss foi o Governador Juracy Magalhães, naquele sábado noturno de palmas. Vejam como o repórter do Diário de Notícias de lá declama Olívia, lançada pelo mesmo clube de Martha Rocha, o Baiano de Tênis: ''18 anos, morena-clara, belos cabelos negros e olhos castanhos, é professora da Escola de Dança e desfilou com vestido de renda francesa, branca, fios de prata, forro de seda natural rosa".  

        
      Ela mede 1 metro e 73, busto 91, idem quadris, 58 de cintura. As outras medidas rimam bem. O jornalista Odorico Tavares foi o construtor dessa festa sem exemplo do society baiano. A nota boa da noite foi o duelo de curvas entre Olívia e a segunda colocada, a alva Izadora Queirós, candidata do Iate Clube. 


      As outras finalistas foram Ana Emília (do Aratu), Wanda (da PM) e Gleide (do Derba). E houve ainda a voz de Agostinho dos Santos e Elizete Cardoso. depois a festa da vitória de Olívia até o sol do outro dia. Era domingo.

         Foi com o texto acima, ilustrado por fotos em tom sépia, que a revista O Cruzeiro, ano XXXIV, nº 36, de 16/06/1962, descreveu como aconteceu o concurso Miss Bahia 1962, vencido por Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, eleita depois Miss Brasil e quinto lugar no Miss Universo. Em outras ocasiões, aqui, nesta secção, revelei que a baiana Maria Olívia é a minha Miss Brasil inesquecível. Aliás, todas as misses daquele ano, nacionais e internacionais, tornaram-se inesquecíveis para mim, pois foi quando, ainda criança, despertei para esse mundo do glamour, da beleza e dos sonhos. 
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      "E houve ainda a voz de Agostinho dos Santos e Elizete Cardoso. depois a festa da vitória de Olívia até o sol do outro dia. Era domingo." 
       E assim se passaram 54 anos. Procuro imaginar quais as canções que Agostinho dos Santos (1932-1973) e Elizete Cardoso (1920-1990) cantaram. Depois imagino que sou criança e estou no Ginásio Antônio Balbino, na festa da vitória de Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, encantado com tudo, até o sol do outro dia
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Confira neste link as crônicas que já dediquei a Maria Olívia: 
          
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sábado, 14 de maio de 2016

SANTA CRUZ FUTEBOL CLUBE, CAMPEÃO PERNAMBUCANO DE 2016, ESTAVA ESCRITO

ESTAVA ESCRITO - Na tarde do dia 1º, antes de iniciar o jogo Sport Club do Recife x Santa Cruz Futebol Clube, tive a satisfação de abraçar o meu amigo Joaquim Francisco de Moraes Andrade Filho, o Quinquinha
      O que o resultado da partida mudaria em nossas vidas? Nada, a não ser o sentimento transitório de vitória ou derrota, pois perder e ganhar fazem parte da nossa passagem pelo planeta. "O que tiver de ser, será", dissemos um para o outro. 
      Estava escrito o que tinha de ser, o Santa Cruz é Campeão Pernambucano de 2016.       Parabéns a todos os meus amigos tricolores pela vitória. As competições passam, mas as amizades e os sonhos continuam. Paz no futebol e saudações rubro-negras. - Daslan Melo Lima.

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REFLEXÃO


"Tudo muda, tudo passa / neste mundo de ilusão; / vai para o céu a fumaça, / fica na terra o carvão."
- Guilherme de Almeida (1890-1969), poeta brasileiro nascido em Campinas, SP. 

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Mônica Henrique Cardoso, “o sotaque nordestino nunca me atrapalhou”


     
          O sorriso, a voz doce e os longos cabelos de Mônica Henrique Cardoso continuam sendo as marcas registradas daquela jovem que saiu de Timbaúba em 1995, com destino ao Estado de  São Paulo, em busca de novos horizontes. Filha de Manoel Soares Cardoso e Josefa Henrique Cardoso, irmã de Geneton, Verônica e Luciane, ela nasceu em 03/03/1974. Foi aluna da Escola Santa Maria, desde a alfabetização ao curso científico, concluído em 1992. Trabalhava no Curtume Timbaúba, quando pediu demissão e foi tentar a vida em São Paulo.
      Emocionada, Mônica revela: “Desembarquei na capital de São Paulo com a cara e a coragem. O sotaque nordestino nunca me atrapalhou. Fiz o curso superior de Administração de Empresas e pós-graduação em Gestão de Negócios e Recursos Humanos. Trabalhei 16 anos no Banco Itaú, onde comecei como agente comercial e cheguei à função de superintendente da área comercial. Casei com um primo que já morava lá, o timbaubense José Domingos de Araújo, pai dos meus filhos Gustavo e Gabrielle. Atualmente, sou responsável pela área financeira de uma empresa do meu esposo”.    
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Mônica e o esposo José Domingos de Araújo, ladeados pelos filhos Gustavo e Danielle. 
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Do que mais sente saudade de Timbaúba: “Família, amigos, domingos com pipoca depois da missa.” 
Amizades inesquecíveis: “Muitas, entre elas, Carlos (prof. de Física), Maria Florize, Tony, Muriel Farias, Fábia Apolinário... “ 
O lado positivo de São Paulo: “As oportunidades de trabalho, as possibilidades de crescer profissionalmente em qualquer setor.” 
Um lado negativo de São Paulo: “Os congestionamentos no trânsito. Já passei dez horas num engarrafamento.” 
Viver é... “Amar.”  
Morrer é... “Partir para outra missão.” 
Bebida: “Água e cerveja sem álcool.” 
Um filme: “Ghost, do outro lado da vida.” 
Um livro: “Sou católica praticante, vivo da palavra de Deus. A Bíblia é o  meu livro de cabeceira.”  
Um motivo de orgulho: “Meus filhos.” 
Sonho de consumo: “Férias com a família em Fernando de Noronha.” 
Uma citação:  “Salmo 91:7,  Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido.”
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Mônica esteve recentemente em Timbaúba, onde foi hóspede da irmã Verônica e do cunhado Elias Vasconcelos. Na programação, uma confraternização com antigos colegas da Escola Santa Maria. ***** Em pé, atrás da última fila, Gildeone Evangelista MartinsNa fila de trás, da direita para esquerda, Fabiana Benigna Muniz Souza, Josemar Gomes Barbosa, Valdir Gomes Gaião, Micheline Dornelas Rodrigues, Maria Clécia Fontes de Oliveira, Adriana Andrade de Melo, Andrea Karla de Brito Andrade e Viviane César da Silva. Em pé, na extrema direita, Júlia Patrícia de Andrade Melo.Na fila da frente, da direita para a esquerda, Mônica Henrique Cardoso, Joanita de Morais Coutinho, Lidiane Marinho da Silva, Narciso Brito da Silveira Filho, Edjane Maria da Silva, Vanessa Santos da Silva e Karine Maria de Vasconcelos Rocha.
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      Finalizando, a paulista-timbaubense revela que o seu sobrenome famoso nunca lhe causou problemas. Ria sempre quando alguém insistia em especular se ela era família do político Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil. Ao mesmo tempo, deixa um recado para as jovens sonhadoras que desejam ir para a cidade grande: “Confiem em Deus. Acreditem em vocês e persistam na conquista dos seus objetivos.”
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      A matéria acima foi publicada na secção Comportamento da revista TIMBAÚBA EM FOCO, ano 5, edição 60, abril/2016, de forma condensada por questão de espaço. 

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Por Daslan Melo Lima
Imagens: DML/Passarela Cultural e Facebook de Mônica Henrique Cardoso

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SESSÃO NOSTALGIA - Cássia Janys Moraes Silveira Saiovici, a simplicidade e o encanto da Miss Brasil 1977

Daslan Melo Lima

      Quem celebra idade nova na próxima semana, domingo, 22 de maio, é Cássia Janys  Moraes Silveira Saiovici,  Miss Brasil 1977. Residindo na capital paulista, dois filhos, casada com o urologista Dr. Samuel Saiovoci, Cássia Janys continua com seu ar jovial, simples, simpática, carismática... É impossível sua presença passar despercebida onde quer que chegue. 
       Esta Sessão Nostagia é para você, eterna Miss Indaiatuba, Miss São Paulo e Miss Brasil 1977, como presente de aniversário, em nome dos seus admiradores espalhados por este imenso País tropical de dimensões continentais.
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      Quando Cássia Janys Moraes Silveira veio ao mundo, em 22 de maio de 1958, o pai, vendo toda aquela beleza concentrada num pinguinho de gente de 55 centímetros e 4,1 Kg , escreveu na porta do armário da Maternidade Matarazzo: “Um dia, ela será Miss Brasil!” Na noite do dia 18 deste mês, a profecia se confirmou. E nossa Miss São Paulo 1977 irá disputar o cetro de Miss Universo, em São Domingos, República Dominicana. Moça simples, filha única de pais desquitados, que gosta de samba, só usa jeans e jamais esperou  ganhar o concurso, Cássia, por duas vezes, pensou em desistir: inclusive agora, no dia 14, já em Brasília. Ela sentia-se “abandonada e com toda aquela movimentação atrapalhando um bocado os estudos.”. Formada em secretariado, nível técnico, Cássia está se preparando para o vestibular de Nutrição, na USP.
      Como a maioria das Misses, ela é muito mais bonita no dia seguinte, em pessoa, descontraída, do que sobre as passarelas, enquanto exibe pesadas maquilagens. A futura nutricionista, de belo corpo e sorriso bonito, começou como Miss Indaiatuba. Muito alta, cabelos negros emoldurando os traços delicados, é o tipo de garota que chama a atenção por onde quer que passe. Ela acha agora que “valeu a pena se candidatar”. Fez novas amizades, amadureceu bastante. Até se firmou e afirmou com o namorado – rapaz que conhece há dois anos mas que só se declarou na noite do concurso de Miss São Paulo. Cássia não namorava há mais de um ano.
    “Ainda é muito cedo para um compromisso sério”, explica. Ela não é diferente das outras misses. Lê pouco, jornal, não discute política, religião (embora admire a doutrina espirita), nem futebol (embora para variar, seja corintiana). 
      O vestibular de Nutrição, em 1978, perdeu uma candidata. "Minha filha é meu tesouro", diz a orgulhosa mãe da miss.  (Revista Fatos & Fotos/Gente, 04/07/1977, nº 828, ano XVI)

Ginásio Presidente Médici, Brasília, 18/06/1977. ***** Além da beleza das jovens, o público aplaudiu os artistas que se apresentaram durante o espetáculo: Maria Creuza, Elza Soares, Jair Rodrigues, Vanusa e Ronnie Von. Os apresentadores Paulo Max e Neiva Nogueira não poderiam ser mais conhecidos do público que assiste às transmissões pela televisão em cores, via Embratel, para todo o país. 
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TOP 5 DO MISS BRASIL 1977 - Da esquerda para a direita: Jerusa Maria Ribeiro, Miss Bahia, quinto lugar; Patrícia Viotti de Andrade, Miss Brasília, terceira colocada; Cássia Janys  Moraes Silveira, Miss São Paulo, primeiro lugar; Madalena Sbaraíni, Miss Rio Grande do Sul, segunda colocada; e Selva Rios Campello, Miss Goiás, quarto lugar. ***** Cássia Janys não se classificou no Miss Universo, realizado em Santo Domingo, República Dominicana. A vencedora foi Jannele Penny Commissiong, Miss Trinidad-Tobago. *****  Patrícia Viotti  também não conseguiu classificação no Miss Beleza Internacional, realizado no Japão, vencido pela espanhola  Pilar Medina Canadell. ***** Madalena Sbaraíni, apontada pelas bolsas de apostas de Londres com favorita ao Miss Mundo, acabou com uma honrosa classificação entre as finalistas: 1 - Suécia, Mary Ann-Catrin Stävin2 -   Holanda, Ineke Berends3 - Alemanha, Dagmar Gabriele Winkler4 - Brasil, Madalena Sbaraíni; 5 - Estados Unidos, Cindy Darlene Miller
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  Cássia Janys, a Miss Indaiatuba que conquistou o Brasil

       
        No dia 11 de junho de 1977, um grande público de Indaiatuba lotava o Centro de Convenções no Anhembi, na capital paulista, para prestigiar o concurso estadual.  Uma grande expectativa era criada na cidade, quando finalmente o resultado mais uma vez brilhou para a cidade, pela primeira vez uma indaiatubana era eleita Miss São Paulo.  Rapidamente a mídia virou os olhares para  Cássia Janys, tornando-se a nova queridinha de todo o estado.


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        Cássia em um tempo bem curto se tornou o centro das atenções em todo o território nacional. Em sua volta para Indaiatuba, já com a faixa de Miss Brasil foi aclamada por cerca de 10 mil pessoas da sua cidade natal, que contava com uma população total de 65 mil habitantes.  Com um desfile em carro alegórico pelas ruas de Indaiatuba, Cássia terminou seu trajeto na Praça Prudente de Moraes, onde foi homenageada pelo prefeito Clain Ferrari que decretou feriado municipal no dia de sua chegada. 


            Em uma entrevista exclusiva ao Portal Mais Indaiá Cássia fala sobre sua experiência e relembra os tempos de Miss. 
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Como tem sido a vida após ter deixado sua marca como Miss Brasil?
Cássia – Optei por uma vida mais familiar, hoje moro em São Paulo, tenho 57 anos e estou há 32 anos casada.Tenho 2 filhos e um deles mora em outro país. Sempre o visito e tenho tido uma vida bastante feliz.


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Após seu reinado como foi sua relação com a mídia?
Cássia – Trabalhei um ano como júri no programa do Raul Gil, também desfilei para algumas marcas de alta costura e fiz algumas fotos publicitárias. Fora dos holofotes trabalhei na FEBEM e alguns trabalhos sociais. Sou casada com médico, temos um estilo de vida bem reservado e hoje não me envolvo com tanta ênfase nos concursos atuais.
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Como você vê os concursos atuais de beleza?
Cássia – Naquele tempo era uma coisa bonita, tinham uma outra visão de miss, e hoje em dia é um culto ao corpo, em uma perfeição que não existe, muitas vezes esquecendo o essencial da mulher.
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Para você Miss é apenas beleza?
Cássia – Acho muito importante ter uma carreira, pensar em uma vida longe desse universo. As meninas precisam ter conteúdo, pois a beleza acaba passando. Envelhecer não é fácil para ninguém e é necessário saber a hora de sair dos holofotes. Mas o importante é trazer a alegria para as pessoas, realizar um trabalho social para que incentive jovens a um caminho mais correto.
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Você considerou válida toda a experiência que passou?
Cássia – Se eu tivesse a maturidade de hoje, com o corpinho de antigamente, com certeza teria aproveitado mais, mas não me arrependo de nada, fiz boas amizades, tenho ótimas lembranças. Nem tudo é alegria, em alguns momentos me decepcionei com algumas pessoas, que se aproveitam de situações para benefício próprio, mas tudo é aprendizado e me sinto feliz de ter vivenciado cada momento.
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Mesmo depois de tantos anos, as pessoas ainda relembram a sua história, como você vê isso?
Cássia – Fico muito feliz em saber que mesmo após esses anos todos, as pessoas de Indaiatuba ainda lembram com tanto carinho de tudo que passei, e da forma como representei a cidade em um concurso tão grande como era na época. Isso é sinal que ainda tenho bons amigos por aí.

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Três  depoimentos exclusivos sobre Cássia Janys

“Cássia Janys era um doce e me chamava de Pernambuquinho. Não queria ganhar, ou seja, não demonstrava ambição em ser coroada Miss Brasil. Depois de eleita, quando as demais misses começaram a se organizar para voltar aos seus Estados, ela me abraçou emocionada dizendo: “Pernambuquinho,  você e as outras vão voltar para suas casas, mas eu vou ficar aqui, sozinha, no hotel.” - Zilene de Sá Torres, Miss Pernambuco 1977.
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“Cássia Janys é minha eterna paixão. Ela sempre muito alegre e feliz! Dona de uma simplicidade fora do comum. Sua beleza é algo que não dá para explicar. A cada dia, Cássia Janys está mais bela. Rosto e sorriso lindos, pele perfeita. Enfim, Cássia Janys é uma Miss fora do comum. Bela! Simplesmente Bela!” - Edi Corrêa Leite, missólogo paulista, ex-coordenador do concurso Miss Sorocaba. 
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“Faz alguns anos que encontrei Cássia Janys em Salvador, quando ela acompanhava o esposo, o Dr. Samuel Saiovici, num congresso de medicina. Ela estava deslumbrante num macacão de couro branco. Linda, simpática, comunicativa, espiritualizada. Fiquei impressionado. Cassia Janys é aquele tipo de pessoa que tem uma luz interior que contagia todos os que estão ao redor. – -  Roberto Macêdo,  missólogo, jornalista e escritor baiano.  
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Cássia Janys, 
uma das misses homenageadas no concurso Miss Brasil 2004

    Durante a transmissão do concurso Miss Brasil 2004, realizado no Credicard Hall, São Paulo, SP, em 15/04/2004, transmitido ao vivo pela TV Bandeirantes, o  apresentador Gustavo Gianetti, Mister Brasil 2001 e Mister Mundo 2003, anunciou: “Senhoras e Senhores, com vocês, as Misses do Brasil !”  E eis que surgiu a primeira, Adalgisa Colombo (1940-2013), seguida de mais trinta e quatro misses, por ordem alfabética.  Quando a última Miss se posicionou no palco, a cantora Ellen de Lima surgiu cantando  a música “Canção das Misses”, de Lourival  Faissal.

Os Estados brasileiros se apresentam
nesta festa de alegria e esplendor.
Jovens misses seus Estados representam,
seus costumes, seus encantos, seu valor.

Em desfile nossa terra, nossa gente,
pela glória do auriverde em céu de anil.
Sempre unidos,
Leste, Oeste, Norte, Sul,
na beleza das mulheres do Brasil.



            Já vi e revi incontáveis vezes essa parte inesquecível do concurso Miss Brasil 2004, sempre com um interesse e emoção renovadas. Para sonhar, observar a expressão de cada Miss e me  encantar com Cássia Janys Moraes Silveira Saiovici, Miss Brasil 1977, uma das mais belas imagens daquele grupo de trinta e cinco misses.  
                      


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