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SEJA BEM-VINDO ! SEJA BEM-VINDA! VOCÊ ESTÁ NO BLOG PASSARELA CULTURAL, cujas postagens, na maioria das vezes, são postadas aos sábados e domingos. Nossa trajetória começou em 02/07/2004, com o nome de Timbaconexão, como coluna sociocultural do extinto site de entretenimento Timbafest. Em 12/10/2007, Timbaconexão migrou para blog com o nome de PASSARELA CULTURAL, quando teve início a contagem de visitas. ***** Editor: DASLAN MELO LIMA - Timbaúba, Pernambuco, Brasil. ***** Contatos : (81) 9-9612.0904 (Tim / WhatsApp). E-mail: daslanlima@gmail.com

sábado, 26 de fevereiro de 2011

SESSÃO NOSTALGIA – VERA LÚCIA COUTO, MULATA BOSSA NOVA


Daslan Melo Lima 


          Segundo a revista Fatos & Fotos, de 11/07/1964, havia 50 mil pessoas no Ginásio do Maracanãzinho,  Rio de Janeiro, na noite da eleição da Miss Brasil 1964. Era um sábado , 04 de julho de 1964. O concurso Miss Brasil estava no auge.  Um ano antes, a gaúcha Ieda Maria Vargas tinha sido eleita Miss Universo e 24 lindas jovens de todo o país queriam receber de suas mãos a coroa de Miss Brasil e, quiçá, em Miami Beach, a de Miss Universo.   
   
          Entre as milhares de pessoas presentes ao Maracanãzinho uma se chamava João Roberto Esteves Kelly, ou simplesmente João Roberto Kelly, carioca, 26 anos, pianista, compositor e produtor musical. Inspirado na mulata Vera Lúcia Couto dos Santos, Miss Guanabara, segunda colocada no Miss Brasil, e depois terceiro lugar no Miss Beleza Internacional, João Roberto Kelly compôs uma marchinha que, gravada na voz de Emilinha Borba (1922-2005), foi o  maior sucesso do carnaval brasileiro de 1965. 
Vera Lúcia Couto na passarela do Maracanãzinho em vestido de gala. Os passos de Miss Guanabara eram ritmados  com apalusos. Suas paradas e pivôes recebiam entusiasmados "olés". (Revista Manchete, 18/07/194).
Mulata Bossa Nova
Caiu no Hully Gully
E só dá ela.
Iê, Iê, Iê, Iê, Iê, Iê
Na passarela.


A boneca está
Cheia de fiu-fiu,
Esnobando as louras
E as morenas do Brasil.

Vera Lúcia Couto em traje típico. A fantasia confeccionada por Evandro de Castro Lima (1920-1985) tinha o nome de "Samba, Sinfonia de Três Raças". Revista Manchete, 18/07/1964)
          Numa entrevista para o site bafafá.com.br, João Roberto Kelly relembrou: “Um dia, eu fui a um concurso de Miss Brasil no Maracanãzinho e vi uma mulata quase negra evoluindo maravilhosamente com um “pisar” de passarela muito elegante, muito fora inclusive dos padrões que todas as mulatas encaravam qualquer movimento de passarela. Eu olhei e disse: Que moça diferente, merece ser fotografada numa música. Era Vera Lúcia Couto...” (Fonte: Raimundo Junior, missesemmanchete.blogspot.com, 20/12/2007)

Vera Lúcia Couto em traje de banho. A marca do maiô era, obviamente, Catalina. (Revista Fatos & Fotos, 11/07/1964).
          Porque estamos em clima carnavalesco, a música Mulata Bossa Nova será tocada muitas vezes por esse Brasil afora. Para curiosidade dos mais jovens que gostariam de saber quem foi a musa da música e o que significa hully-gully, esta crônica responde as indagações. Como vimos, a musa foi Vera Lúcia Couto dos Santos, enquanto Hully Gully era uma dança que marcou época nos anos sessenta.  

          Porque estamos em clima carnavalesco, a música Mulata Bossa Nova será tocada muitas vezes por esse Brasil afora, para deleite dos sonhadores e saudosistas da minha geração.
         
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

SESSÃO NOSTALGIA – Ana Elisa, Miss Brasil 1984, um sonho de cinderela

Daslan Melo Lima


     Inúmeras foram as garotas de origem humilde que, graças à beleza, mudaram suas vidas para melhor por causa de um concurso de beleza. No Brasil, o caso mais famoso foi o de Anísia Gasparina da Fonseca, Miss Brasília, quarta colocada no Miss Brasil 1966,  focalizada duas vezes em PASSARELA CULTURAL,  aqui, na secção Sessão Nostalgia,   uma empregada doméstica que se tornou uma das mulheres mais ricas do Planalto Central. Em 1984, a história de Ana Elisa Flores da Cruz, Miss São Paulo e Miss Brasil, menos dramática que a de Anísia Gasparina, foi tema de reportagem da  revista de fotonovelas Sétimo Céu, no mês de junho.

ANA ELISA, UM SONHO DE CINDERELA

     Há quanto tempo você não  tem mais ilusões em relação aos contos de fada? Na verdade, as histórias de Cinderelas e Fadas Madrinhas não acontecem todos os dias. Mas, se você pensa que já não existem, anime-se, pois Ana Elisa - Miss Brasil 1984 - é uma perfeita Cinderela dos anos 80. Reinando pelas passarelas e capas de revistas como a representante máxima da beleza da mulher brasileira, ela fez do sonho de menina uma linda realidade em sua vida.




                                   
       E ao contrário da moça rica, nascida em berço de ouro e, por isso, com todas as chances de vencer, sua história em nada se diferencia da de milhares de meninas, talvez como você, espalhadas por todo o país. Filha de família de poucos recursos, órfã de pai desde os dois anos, Ana Elisa Flores da Cruz, hoje com 18 anos, sempre levou uma vida pacata e anônima no bairro do Horto Florestal (SP). Sua mãe, Maria Teresa, todo o tempo trabalhou esforçando-se para garantir o sustento da casa e os estudos da filha e de seus dois irmãos. Apesar de todas as dificuldades e da forte timidez, Ana Elisa tinha um trunfo: era bonita. E por que não usar isso para seu próprio benefício? Tomada a decisão, aos 15 anos, ela estava na passarela do concurso Rainha das Praias Brasileiras. Não venceu, é verdade. Mas nem por isso desanimou.




      Não demorou muito e um novo concurso renovava as esperanças de Ana Elisa. Aos 16 anos, era, então, a garota Ilha Porchat 82 – do Ilha Porchat Club, de São Vicente (SP). Tendo como prêmio um carro, uma jóia, um guarda- roupa completo oferecidos por Odárcio Ducce, presidente do clube e, o mais importante, um curso de manequim com a professora Joyce – responsável pelo desempenho do Miss Brasil -, ela se deparava com um horizonte muito mais promissor. 

 
     No ano seguinte, Ana Elisa era novamente coroada. Desta vez, como Miss Itaú 83. E, mesmo não abandonando os estudos - cursa a terceira série Colegial – , ela passou a se dedicar mais à aparência e á postura. Ate que chegou a grande oportunidade: concorrer a Miss São Paulo. Inscrevendo-se como representante de seu bairro, foi eleita. Até então, a desconhecida menina do Horto começava sua trajetória rumo ao Miss Brasil. E Ana Elisa mal acreditou quando se viu com o título da mais bonita do país de 1984. “Fiquei sem jeito... Mas,já que venci, vou em frente.” (Reportagem de Alcidéa de Oliveira, revista Sétimo Céu, junho de 1984)

O TOP 3 DO MISS BRASIL 1984


     As três finalistas do Miss Brasil 1984 foram capa da revista Manchete. Da esquerda para a direita:Valéria Freire Pereira, Miss Rio de Janeiro, terceiro lugar; Ana Elisa Flores da Cruz, Miss São Paulo, primeiro; e Susy Sheila Rêgo, Miss Pernambuco, segundo lugar. Ana Elisa ganhou 15 milhões de cruzeiros, a moeda da época. Participou do Miss Universo, realizado em Miami Beach, mas não obteve classificação, no ano em que a vencedora foi Yvonne Ryding, Miss Suécia. Das três finalistas do Miss Brasil 1984, apenas uma continua em evidência na mídia, graças à sua vitoriosa carreira de atriz, Susy Rêgo, que quase foi eleita Miss Brasil 1984 com 99 pontos na prova decisiva, enquanto Ana Elisa obteve 100 pontos.
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Ana Elisa em 2010. (Imagem: 180graus.com)
     
      Quantas garotas humildes continuam sonhando com fotos em jornais e revistas? Milhares. Quantas garotas humildes mudarão suas vidas graças a um título de beleza? Poucas. Mas os sonhos continuam. Afinal, o que seria da nossa caminhada no planeta Terra sem os sonhos?

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... ASSIM COMO HÁ SABORES DOCES, AMARGOS E AGRIDOCES


Daslan Melo Lima 
              Marcone Pereira Claudino de Barros,  28 anos, bailarino, professor de dança do Projovem e do Grupo da Terceira Idade, foi assassinado por um aluno com quem tinha um relacionamento amoroso, o Ailson Anastácio de Andrade, 18 anos. O  lamentável fato aconteceu na noite do sábado, 12, no apartamento 3 da Hospedaria Centro, localizada na Praça João Pessoa,  Timbaúba-PE.  A vítima sofreu doze golpes de faca-peixeira. Preso em flagrante, o aluno, que no mesmo dia tinha completado 18 anos, assumiu a autoria do crime.  
 
             Nascido em 15/07/1982, Marcone Pereira Claudino de Barros teve uma infância tranqüila, como a de tantos meninos humildes da Rua Rodrigues Alves, a conhecida Rua do Rio, às margens timbaubenses do Rio Capibaribe-Mirim. Filho do músico José Mário Claudino de Barros e de Maria Aparecida Pereira da Silva, prendas do lar, o garoto, apelidado carinhosamente de Coninha, distinguia-se dos meninos da sua idade. Em vez de brincar de bola ou de outra coisa destinada às crianças do sexo masculino, ele adorava tudo aquilo que era reservado para as meninas: brincar de casinha, bonecas, etc. Seus pais nunca bloquearam o mundo feminino do menino Coninha, pois sabiam que o filho não tinha culpa de ser o que era, e aceitavam o seu jeito de ser com naturalidade, sem repressão.  Marcone foi o segundo filho de uma prole de quatro. Estudou  na Escola Elizabeth Lyra e na Escola Jornalista Jáder de Andrade, mas não foi muito longe nos estudos, pois o seu foco era voltado totalmente para o mundo da dança, das  artes, do brilho...

                   O que aconteceu entre as quatro paredes do apartamento 3 da Hospedaria Centro? Discussão por causa de ciúmes? Possessividade? Descontrole emocional?  Sessão sadomasoquista? Ninguém sabe.  Em nome do bom senso, espero que não transformem a vítima em vilã, simplesmente por  causa de sua orientação sexual.  Desde que o mundo é mundo que há homens que amam homens e mulheres que amam mulheres...  Assim como há o azul, o vermelho e todas as demais cores... Assim como há sabores doces, amargos e agridoces...

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DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Roberto Viana Batista Filho, um orgulho timbaubense

ROBERTO VIANA BATISTA FILHO, UM ORGULHO TIMBAUBENSE 

     Na sexta-feira, 18, a Arcádia do Paço Alfândega foi cenário de uma festa inesquecível: a celebração dos 30 anos do casamento de Roberto Viana Batista Filho e Malu. É bom lembrar que  Roberto é  filho do inesquecível médico-cirurgião timbaubense Roberto Viana Batista e Célia Batista Ferreira Lima, a Celinha Batista (irmã do sempre lembrado  Dr. João Ferreira Lima Filho, o Dr. Joãozito), proprietária das  casas de recepções Arcádia. Malu é filha do ex-Secretário de Estado Cyro de Andrade Lima no segundo governo  de Miguel Arraes de Alencar, prima legítima de Eduardo Campos, Governador de Pernambuco. 

      A decoração do ambiente foi assinada por Bebeth Perman. No cardápio - regionalíssimo -  tinha tapioca, lingüiça, agulha frita, carne de sol, caruru, vatapá, bobó de camarão, quebra-queixo, doces em caldas, nego bom, doce  japonês e bolo de rolo com camadas finíssimas.
 
     Entre as personalidades presentes à festa, destaques para o Governador Eduardo Campos, Fernando Bezera Coelho (Ministro da Integração Nacional),  Aloizio Mercadante (Ministro da Ciência e Tecnologia); Humberto Costa (Senador); Maurício Rands (Deputado Federal); Egídio Ferreira Lima (ex-Deputado Federal Constituinte); Sisino Ferreira Lima (Procurador do Estado) e os ex-Deputados Estaduais Pedro Eurico e José Neves.

Roberto Viana Batista Filho ladeado por Malu e Celinha Batista, durante evento anterior às suas Bodas de Pérola. (Foto:jc.uol)
Tranquelino Ferreira Monteiro, de terno, e Roberto Viana Batista Filho, de camisa branca, elegância em dose dupla na Arcádia do Paço Alfândega.
     Para Tranquelino Ferreira Monteiro, Engenheiro da Chesf, leitor assíduo de PASSARELA CULTURAL, essa festa de casamento foi a mais importante de toda sua vida, pois apesar de toda  pompa do  ambiente a nota maior era a impressionante simplicidade do casal Roberto e Malu. Embora houvesse tantas autoridades, Roberto não esqueceu dos mais humildes, pois estavam lá todos os seus empregados. Para Roberto, eles tinham a mesma importancia das autoridades. Quando Tranquelino e Fátima  entraram na fila para cumprimentá-lo, Tranquelino observou que Roberto cumprimentava a todos pelo nome. Quando  chegou na sua vez, perguntou: "E agora quem sou eu?". Roberto ficou embaraçado, mas quando Tranquelino disse que há mais de 45 anos que o tinha visto e que era de Timbaúba, Roberto exclamou emocionado : "É Tranquelino!"

MEMÓRIA TIMBAUBENSE - Década de 1970. Turma do 2º ano primário da Escola Estadual Elizabete Lyra. A professora Dulce e os seus alunos, entre eles Roberto Viana Batista Filho,o segundo garoto da esquerda para a direita sentado na última fila, cujo rosto aparece de perfil.

     Robertinho Viana, como é carinhosamente chamado por muitos, dono da empresa Petra Energia, detentora de blocos de gás natural, parecido com poços de petróleo,  nasceu na mesma data do artista plástico timbaubense Teotônio Monteiro, 21 de setembro. Todos os anos, onde quer que esteja,  telefona para Teotônio dando os  parabéns. Em uma das vezes, ele estava na China. Por tudo isso, Roberto Viana Batista Filho é um orgulho timbaubense.

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sábado, 12 de fevereiro de 2011

SESSÃO NOSTALGIA – CINCO MISSES DO BRASIL NO VÍDEO SHOW

Daslan Melo Lima

     Num sábado de agosto de 2000, no quadro Túnel do Tempo, no programa Vídeo Show, da TV Globo, os corações dos fãs dos concursos de Misses bateram mais forte quando o apresentador Miguel Falabella começou a falar mais ou menos assim : "Atenção! Preparem o vídeo cassete para gravar esta matéria... Nos anos 50, 60, o concurso Miss Brasil...” Estava indo ao ar uma reportagem de 15 minutos sobre Misses, numa época  em que os concursos viviam uma fase de  pouca divulgação na mídia.

     Antes de as Misses convidadas entrarem no palco, a atriz Zezé Barbosa deu um toque cômico, desfilando com um maiô branco, manto, cetro e coroa, mas dentro de um clima descontraído, leve, nada debochado. Ao som da música "Canção das Misses", de Lourival Faissal, na voz de Ellen de Lima, a telinha mostrou algumas cenas de concursos de outrora, em nostálgico preto e branco.

Os Estados brasileiros se apresentam / Nesta festa de alegria e esplendor / Jovens misses  seus Estados representam / Seus costumes, seus encantos, seu valor. ///// Em desfile nossa terra, nossa gente / Pela glória do auriverde em céu de anil / Sempre unidos Leste, Oeste, Norte, Sul / Na beleza das mulheres do Brasil.

     Em seguida, entrou a  atriz Marly Bueno,  que durante anos apresentou o Miss Brasil no Maracanãzinho.  Por ordem em que foram eleitas, Miguel Falabella chamou Martha Rocha (Miss Bahia, Miss Brasil, vice-Miss Universo 1954); Adalgisa Colombo (Miss Distrito Federal, Miss Brasil, vice-Miss Universo 1958); Deise Nunes (Miss Rio Grande do Sul, Miss Brasil, semifinalista do Miss Universo 1986) e Josiane Kruliskoski, Miss Mato Grosso, Miss Brasil 2000).
 
Da esquerda para a direita: Deise Nunes, Miss Brasil 1986;  Ieda Maria Vargas, Miss Brasil e Miss Universo 1963; Adalgisa Colombo, Miss Brasil e vice-Miss Universo 1958; Martha Rocha, Miss Brasil e vice-Miss Universo 1954; e Josiane Kruliskoski, Miss Mato Grosso e Miss Brasil 2000. (Foto:Divulgação-Revista CARAS, Edição 355, Ano 7, Nº 34, 25/08/2000)

     Marly Bueno disse que era emocionante ver o Maracanãzinho lotado com um público de 25 mil pessoas, de raciocínio inteligente e rápido. Martha Rocha declarou que não  sentiu nenhuma revolta por ter perdido o título de Miss Universo 1954 por causa das duas polegadas a mais nos quadris.  Adalgisa Colombo disse que em 1958 tinha apenas 18 anos de idade e que achou ótimo não ter sido eleita Miss Universo. Ieda  Maria Vargas declarou que em 1963 era muito jovem e não se dava conta da importância do título em sua vida. Afirmou que poderia ter seguido carreira de atriz ou de modelo internacional, mas suas metas eram outras, os valores eram outros. Deise Nunes disse que sentia orgulho por ser representante de uma raça que construiu o Brasil. Josiane Kruliskoski declarou que o concurso tinha perdido o glamou porque não era exibido na televisão , mas...  

 
Josiane Kruliskoski, Miss Mato Grosso, Miss Brasil 2000. (Foto: Ronnie Farias. Revista CARAS, Edição 337, Ano 7, Nº 16, 21/04/2000).

       No final, Miguel Falabella disse : "Isto é História do Brasil... As Misses ficaram eternamente em nossos corações." Encerrando, Josiane Kruliskoski  desfilou sob aplausos ao som de Ana Carolina, ao vivo, cantando "Miss Brasil 2000", de Rita Lee e Lee Marcucci.

Eu vou apresentar pela primeira vez / Ela que vai ser pra todos vocês / Uma senhorita que nunca se viu / Miss Brasil 2000! ///// Um corpo de veludo, as pernas de cetim /A boca de cereja e os dentes de marfim / Um beijo envenenado, onde já se viu? / Miss Brasil 2000 ! / Será que ela vai continuar uma tradição? / Será que ela quer modificar uma geração? / Lá vem ela! Miss Brasil 2000 ! ///// Nasceu no litoral, de Porto Alegre a Natal / Trabalha em São Paulo, tira férias no Rio / Verão em Salvador e Curitiba no frio /  Miss Brasil 2000! ///// Cresceu em BH, mas mora em Macapá / Estuda em Fortaleza e vai curtir no Xingú / Casar com João Pessoa, onde já se viu? / Miss Brasil 2000! ///// Será que ela vai continuar uma tradição? / Será que ela quer modificar uma geração?/ Lá vem ela! / Miss Brasil 2000!

     Que bom que a tradição continou ! As gerações mudaram, mas os concursos de misses continuaram. Quando abril vier, teremos o Miss Brasil 2011. Assim Seja !
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sábado, 5 de fevereiro de 2011

SESSÃO NOSTALGIA - MARIA EUTHYMIA, MISS BAHIA 1959, A MAIS PERNAMBUCANA DAS BAIANAS


Daslan Melo Lima

 Maria Euthymia Manso Dias, Miss Bahia 1959. (Foto: Revista O Cruzeiro, 04/07/1959)
     “Ainda estou surpresa com a minha escolha para terceira colocada. Que bom, meu Deus!”. Segundo a revista Manchete, de 11/07/1959, essa foi a feliz expressão de Maria Euthymia Manso Dias, Miss Bahia, muito satisfeita com o terceiro lugar conquistado no concurso Miss Brasil 1959, realizado no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, na noite de 20/06/1959. 
 
Maria Euthymia em 20/06/1959, na passarela do Maracanãzinho, na noite do concurso Miss Brasil 1959. ( Foto: O Cruzeiro, 04/07/1959)
 
As três finalistas do Miss Brasil 1959 na capa da revista O Cruzeiro: Maria Euthymia Manso Dias, Miss Bahia, terceiro lugar; Vera Regina Ribeiro, Miss Distrito Federal, primeiro; e Dione de Oliveira, Miss Pernambuco, segundo lugar. As demais finalistas foram Teresinha Rodrigues, Miss São Paulo, quarto lugar, e Vânia Beatriz Diniz Gotlib, Miss Minas Gerais, quinto lugar.
      
     Maria Euthymia fez parte da comitiva que acompanhou a  pernambucana Dione Oliveira,  vice-Miss Brasil 1959 e representante do Brasil no Miss Mundo,  no seu retorno a Caruaru, desfilando em  carro aberto pelas ruas principais da terra do Mestre Vitalino. Naquele ano, em 08 de dezembro, na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, em Salvador-BA, Maria Euthymia casou com o empresário Tácito Pimentel. Radicada há muitos anos em Pernambuco, onde reside na Praia de Piedade, Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife, Maria Euthymia Manso Pimentel, ou simplesmente Maria Euthymia Pimentel,  é uma das senhoras mais elegantes e queridas da sociedade pernambucana.
Maria Euthymia e o esposo Tácito Pimentel em abril de 1990, na Capela dos Montes Guararapes, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes-PE, no casamento do seu filho Tácito Pimentel Júnior com Mary Ann Carneiro da Cunha Hennessey. (Foto: Coluna de João Alberto, Diario de Pernambuco, 12/04/1990)
 
Maria Euthymia Pimentel em 10/07/1995, na passarela do Mar Hotel, no Recife, usando o mesmo vestido com o qual desfilou no Maracanãzinho na noite de 20/06/1959. A foto foi feita na tarde beneficente intitulada No Tempo das Passarelas. (Imagem: Coluna de Alex, Jornal do Commercio-Recife, 24/07/1995)
 
Maria Euthymia Pimentel na tarde que teve o nome de No Tempo das Passarelas. Da esquerda para a direita: Zilene de Sá Torres, Miss Pernambuco 1977; Maria Euthymia , Miss Bahia 1959; Ana Lúcia Caldas de Souza,  Miss Pernambuco 1980; e  Simone Valença Duque, Miss Pernambuco 1982.  A renda do evento, organizado por Fernando Machado, Muciolo Ferreira e Odenilda Souza, foi destinada para os aidéticos do Hospital Oswaldo Cruz e teve o patrocínio da Associação Amigos da Esperança. (Foto: Fernando Machado)
Maria Euthymia Pimentel (de roupa estampada), em 23/07/2010, no Restaurante Almoxarifado, Clube Internacional do Recife, no aniversário da artista plástica Anete Cunha. As demais damas da sociedade pernambucana são, da esquerda para a direita: Herlanda Cavalcanti, Anete Cunha, Lúcia Cunha, Elisa Castro e  Isis Santini. (fernandomachado.blog.br, 26/07/2010)
Maria Euthymia Pimentel (Imagem: fernandomachado.blog.br)
     Todas as vezes que vejo fotos da senhora Maria Euthymia Pimentel nas colunas sociais, transmitindo elegância, classe e categoria, lembro-me de uma pequena entrevista  sua publicada na revista  O Cruzeiro: “De Salvador prefere o Senhor do Bonfim...  Esta professorinha adora efó, xinxim de galinha....  
     Não tenho dúvida que  a Miss Bahia 1959, nascida em um 27 de junho, jamais esqueceu suas origens,  e que o Senhor do Bonfim está sempre ao seu lado. Mas depois de tanto tempo morando em Pernambuco, Maria Euthymia Pimentel  também prefere Nossa Senhora do Carmo,  padroeira do Recife, e adora bolo Souza Leão e as tapiocas de Olinda. 
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