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sexta-feira, 26 de junho de 2009

SESSÃO NOSTALGIA - Suely de Mello Veras, Miss Amazonas 1969

Daslan Melo Lima

       Entre as favoritas ao título de Miss Brasil 1969 estava Suely de Mello Veras, Miss Amazonas.
Suely, amazonense, esportiva e intelectual. Nunca o Amazonas concorreu com uma jovem tão típica, bonita e com medidas tão perfeitas. Suely de Mello Veras, Miss Amazonas, tem sangue de índio e espanhóis. Foi lançada pelo Nacional Futebol Clube, cursa o científico, pretende estudar medicina, pratica vôlei e adora ler poesias, em especial as de um poeta amazonense chamado Farias de Carvalho. (Revista Fatos & Fotos)


Na capa da revista Fatos & Fotos, de 10/07/1969, a loura Vera Fischer, Miss Santa Catarina, a morena Suely de Mello Veras, Miss Amazonas, e a loura Mara do Carvalho Ferro, Miss Guanabara. Detalhe: por lapso, a legenda na capa da revista fazia referência às Misses Guanabara, Espírito Santo e Amazonas.

          Vera Fischer, Miss Santa Catarina, a favorita do público, foi a grande vitoriosa do concurso Miss Brasil 1969. Maria Lúcia Alexandrino dos Santos, Miss São Paulo, classificou-se em segundo lugar. O terceiro ficou para Ana Cristina Rodrigues, Miss Rio Grande do Sul, e o quarto lugar para Mara Carvalho Ferro, Miss Guanabara. As candidatas que completaram o grupo das oito semifinalistas foram: Suely de Mello Veras, Miss Amazonas; Marice Vany Galvão, Miss Brasília; Vera Lúcia Camelo, Miss Ceará; e Ana Maria Fajardo Cortês, Miss Minas Gerais.

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                                  Suely lembrava Ira de Fustenberg

          Suely de Mello Veras despertou a simpatia do imenso público que lotava o Maracanãzinho. A maioria ficou insatisfeita quando o seu nome não foi anunciado entre as quatro primeiras colocadas. Para o público, ela foi a injustiçada do Miss Brasil 1969.


Suely de Mello Veras no desfile de maiô.(Revista Manchete)
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Ira de Fustenberg
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          Muitos achavam que o rosto de Suely lembrava o de Ira de Fustenberg, atriz italiana que brilhou nas telas sob a direção de grandes nomes do cinema mundial, como Alberto Lattuada, Robert Hossen, Luciano Emmer, Cesare Zavattini e Luciano Salce, entre outros. Nascida em 1940, em Roma, filha de uma família tradicional, Ira von Furstenberg, tinha 15 anos de idade quando casou com o príncipe espanhol Alfonso Von und zu Hohenlohe- Langenburg(1924-2003). Depois de cinco anos de casada, Ira conheceu o playboy e industrial milionário brasileiro Francisco Baby Pignatari (1916-1977) e com ele veio para o Brasil, onde permaneceu enquanto durou a união conjugal, de 1961 a 1964.


Ira von Furstenberg e Prinz Alfonso von Hohenlohe-Langenburg(Foto: www.whosdatedwho.com)

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Suely e a lenda da Tamba-Tajá


Suely de Mello Veras posando com seu traje típico. (Revista Fatos & Fotos)

          Tamba Tajá, o traje típico que Suely de Mello Veras usou no Miss Brasil, foi um dos mais singelos da história do concurso e tornou-se inesquecível por contribuir para divulgar pelo Brasil uma das mais belas lendas do Amazonas.  Abaixo, a lenda da Tamba-Tajá, segundo o  curumim-anorkinda.blogspot.com



          Há milhares de anos, na tribo Macuxi, havia um guerreiro forte e corajoso que se apaixonou por uma linda jovem de sua aldeia. Ela lhe correspondeu tão nobre sentimento e passadas algumas luas uniram-se em matrimônio.
        Casal tão apaixonado nunca mais existiu. Passavam sussurrando juras de amor baixinho, um para o outro. Mas eis que um dia, um estranho mal se acometeu da indiazinha, tornando-a paralítica. O índio Macuxi, para não separar-se de sua amada, teceu uma tipóia e a carregava em suas costas. Apesar de tantos cuidados e carinhos, ela não resistiu à enfermidade e morreu.
        O guerreiro foi então à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé, enterrando-se junto com sua adorada esposa, pois sua vida não tinha mais sentido sem ela. Na Lua Cheia, da sepultura brotou uma delicada planta, uma espécie desconhecida para os mais entendidos índios Macuxis. Era a Tamba- Tajá, planta de folhas triangulares, de cor verde, trazendo em seu verso outra folha de tamanho reduzido, onde visualizava-se um bordado de um desenho que parecia-se com o desenho de um órgão sexual feminino.
        A união das duas folhas, representa o grande amor do casal que nem mesmo a morte conseguiu separá-los.

          A cantora Fafá de Belém gravou em 1976 um elepê com o título Tamba-Tajá. Uma das faixas trazia a composição abaixo, autoria de Waldemar Henrique, uma prece à famosa planta.

TAMBA-TAJÁ

Composição de Waldemar Henrique

Tamba-tajá me faz feliz
Que meu amor me queira bem
Que seu amor seja só meu de mais ninguém,
Que seja meu, todinho meu, de mais ninguém...

Tamba tajá me faz feliz...
Assim o índio carregou sua macuxi
Para o roçado, para a guerra, para a morte,
Assim carregue o nosso amor a boa sorte...

Tamba-tajá
Tamba-tajá

Tamba-tajá me faz feliz
Que meu amor me queira bem
Que seu amor seja só meu de mais ninguém,
Que seja meu, todinho meu, de mais ninguém...

Tamba-tajá me faz feliz...
Que mais ninguém possa beijar o que beijei,
Que mais ninguém escute aquilo que escutei,
Nem possa olhar dentro dos olhos que olhei.

Tamba-tajá
Tamba-tajá


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Suely de Mello Veras, amazonense, esportiva e intelectual. (Revista Fatos & Fotos)

          Para finalizar, deixo para os leitores um belo poema do poeta Carlos Farias Ouro de Carvalho (1930-1997), o Farias de Carvalho, a quem aprendi a admirar graças a uma das mais lindas e inteligentes jovens da história do Miss Brasil: Suely de Mello Veras, Miss Amazonas 1969.

A PRIMEIRA NAMORADA

Farias de Carvalho

Como pássaros brancos que voltassem
de uma estranha região de coisas mortas,
as tuas mãos, Teresa, em meus cabelos
vieram ninhar saudades esquecidas.

Deixa eu tê-las nas minhas. Vamos juntos
passear velhos domingos de outros tempos,
fazer a turma toda roer de inveja
quando eu passar contigo pela praça.

Repetiremos tudo novamente:
– eu, orgulhoso, comprarei sorvetes
com os dez mil-réis contados da semana;

ficaremos depois no velho banco
sem dizer nada, nossas sombras juntas
como duas saudades que se achassem!


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Fafá de Belém canta ''Tamba-Tajá''

quarta-feira, 10 de junho de 2009

SESSÃO NOSTALGIA - TANIA VERSTAK, A MAIS INTERNACIONAL DAS MISSES

Daslan Melo Lima

Uma morena linda chamada Tania Verstak, de olhos grandes cor de avelã, Miss Austrália, foi eleita Miss Beleza Internacional 1962, em Long Beach, Estados Unidos.


Tania Verstak, Miss Austrália e Miss Beleza Internacional 1962 (Foto: www.portrait.gov.au)

No entanto, Tania não era australiana de nascimento. A jovem de 22 anos era filha de russos, nascida em Shangai (Xangai), China, cujos pais tinham ido morar na Austrália quando ela ainda era criança. Tania falava inglês e russo, trabalhava como secretária e fazia planos de um dia cuidar de refugiados oriundos do regime comunista.
Foi descoberta para o concurso Miss Austrália quando fazia biscates vendendo um tipo de azeite espanhol nas imediações do Royal Show Sydney, a fim de ajudar no orçamento doméstico.
Tania levou a senhora que a descobriu até sua casa para escutar a opinião da mãe. Esta incentivou-a por entender que um concurso de beleza seria uma ótima experiência para a filha superar a timidez. O certame tinha uma proposta beneficente, com renda destinada a crianças portadoras de deficiências físicas, e isso foi fator decisivo para Tania se entusiasmar a disputar o Miss Austrália.
Quando embarcou para Long Beach chegou a ouvir frases do tipo ...não esperamos que você ganhe, mas faça o seu melhor, conforme confessou em 2003 durante uma entrevista a George Negus.


Tania Verstak, Miss Austrália, Miss Beleza Internacional 1962. (Foto: www.elanecdotario.com)

Tania Verstak acumulou três títulos em Long Beach: Miss Fotogenia, Melhor Vestido de Baile (uma criação de Zara Holt) e Miss Beleza Internacional.
Numa época em que as misses competiam naquele importante concurso usando saiotes no lugar de maiôs, Tania Verstak teve uma atitude ousada: ...causou escândalo ao mostrar fotos suas, em trajes sumários, a outras candidatas. O assunto chegou aos jornais, mas não impediu a conquista do título, conforme escreveu Ubiratan de Lemos, na revista O Cruzeiro, de 1°/09/1962.

Tania Verstak não quis tentar carreira artística nos Estados Unidos. Preferiu voltar para a Austrália e utilizar o dinheiro que ganhou para ajudar o pai e para cursar uma universidade. Paralelo a isso, encontrava grande satisfação em percorrer o país e sentir que, embora fosse uma imigrante, uma nova australiana, tinha se tornado um dos maiores orgulhos da Austrália.



O seu nome foi dado a uma planta híbrida. As folhas são utilizadas para fazer chá e as lindas flores - a Rosa Tania Verstak - na decoração. (Foto: www.vierlaender-rosenhof.de)



Tania Verstak em julho de 1963. (Foto: Revista Manchete, 03/08/1963).


Muitos anos depois de ter conquistado um dos mais importantes títulos de beleza do mundo, o nome de Tania Verstak voltou com força à mídia quando sua filha Nina Young, fruto do seu casamento com o empresário Peter Young, abraçou a carreira cinematográfica.
Os dados biográficos de Nina Young revelam o passado histórico da sua mãe, a primeira Miss Austrália a conquistar um título de beleza internacional.


Tania Verstak fotografada por Indalécio Wanderley para a revista O Cruzeiro, de 1º/09/1962.


A atriz de cinema Nina Young, filha de Tania Verstak, em foto extraída do www.imdb.de.

Nina Young, nascida em 1966, já atuou em vários filmes de destaque, como:
007, O Amanhã Nunca Morre (Tomorrow Never Dies), 1997;
De Caso com o Acaso (Sliding Doors), 1998;
Harry Porter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Sorcerer's Stone), 2001;
O Sabor da Magia (The Mistress of Spices), 2005, onde teve como companheira de elenco a indiana Aishwarya Raí, Miss Mundo 1994.



Tania Verstak em foto de 2003, extraída do www.abc.net.au.

Tania Verstak, pelas circunstâncias da sua vida, pode ser considerada a mais internacional das Misses. Assim como foi eleita Miss Austrália, poderia ter sido Miss Rússia ou Miss China, caso a realidade sociopolítica da época fosse outra.

Tania Verstak, a linda morena filha dos russos Vladimir e Valentina Verstak, dissidentes do comunismo soviético, que poderia ter nascido na Rússia, mas veio ao mundo na China e encontrou a glória na Austrália, é uma das grandes Misses do passado que honra a galeria da nossa Sessão Nostalgia.

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sábado, 6 de junho de 2009

SESSÃO NOSTALGIA - Rejane Vieira Costa (Rejane Goulart), a cinderela dos anos setenta

A todos que estão acessando esta matéria, peço que, após a leitura da mesma, acessem este link:
http://passarelacultural.blogspot.com.br/2013/12/sessao-nostalgia_28.html
Nele, vocês irão encontrar meu tributo em memória da eterna Miss Brasil 1972.
Grato pela atenção.
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Daslan Melo Lima






"É um sonho, não pode ser verdade."
A frase de Rejane Vieira Costa, 18 anos, olhos verdes, cabelos castanhos, tímida e sensível, saiu do fundo do seu coração, assim que soube da vitória.
Nos concursos de beleza os sonhos frequentemente se tornam realidade, mas este ano a conquista do título de Miss Brasil revelou uma maravilhosa historia de Cinderela. 

Rejane nasceu em Cachoeira do Sul, e criou-se em Pelotas. 

Moça de família humilde, trabalhava de dia, como vendedora numa loja de calçados e estudava de noite. As portas da glória se abriram para ela quando teve a inspiração de aceitar o convite da Associação Atlética Casas Procópio, firma onde trabalhava, para participar do concurso que escolheria Miss Pelotas. Eram apenas seis candidatas. A história de fadas parecia terminar com sua primeira vitória, mas continuou alguns dias depois, quando, entre 36 moças de todo o estado, foi eleita Miss Rio Grande do Sul. Entusiasmada e feliz, Rejane veio para o Rio considerando que somente a viagem já era um grande prêmio. Ela só conhecia o Rio de fotografias e narrativas de amigas mais afortunadas. Então, o Maracanãzinho entrou em sua vida. Eleita Miss Brasil, ela não chorou. Pensou que fosse um sonho. Mas logo recebeu os aplausos da multidão como justa homenagem à sua beleza. 


De anônima vendedora das casas Procópio, Rejane Vieira Costa tornou-se, hoje, a personalidade mais famosa de Pelotas. A tranqüila rua do bairro do Areal, que não tem calçamento, onde mora com a família em casa alugada, passou a receber visitantes curiosos, que procuram vizinhos e parentes para saber detalhes da vida de Rejane. 

Nas duas lojas da firma em que trabalhava, pelo salário de trezentos cruzeiros mensais, está sendo procurada pelos clientes tradicionais, que a conheciam e ficaram felizes com sua eleição. 



Ela ainda não pediu demissão do emprego, está de férias, mas certamente seus compromissos como Miss Brasil a impedirão de voltar às Casas Procópio tão cedo.
No Colégio Nossa Senhora de Lurdes, onde cursava o segundo ano científico, no período noturno, as colegas ainda não se cansaram de falar sobre ela. 
Os pelotenses se orgulhavam de Rejane. Hoje todos conhecem detalhes sobre sua vida, mas isto não é importante, embora interesse. O fundamental é que a representante de Pelotas, eleita Miss Brasil, é uma jovem humilde e trabalhadora, simpática e afável, que venceu porque era a mais bela e assim obteve condições de melhorar o seu padrão de vida e o de sua família. 

Agora, o mundo inteiro se abre para ela. Emocionadíssima, no jantar da vitória no Rincão Gaúcho, deixou cair a sobremesa e manchou o vestido.

(Revista Manchete, 08/07/1972)

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Não fomos nós que inventamos: seria fácil demais. Mas, a história de Rejane Vieira da Costa, principia de fato como a de Cinderela, falando em sapatos. Só que a gauchinha, agora coroada Miss Brasil 72, não usava sapatinhos de cristal e não perdeu nenhum par nas escadarias do palácio do príncipe.

Os sapatos eram o seu instrumento de trabalho durante o tempo em que foi comerciária, na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Ao oferecer calçados às suas freguesas, ela acrescentava o seu lindo sorriso à nota, e assim foi ficando conhecida como “aquela mocinha maravilhosa, filha do sargento James”.


Os oficiais da Brigada Militar, lotados no interior, ganham salários modestos, e Rejane valorizava muito a sua remuneração de Cr$ 300,00 mensais, que lhe dava a oportunidade de ajudar no orçamento da família. Sua existência de moça simples e laboriosa nada tinha de emocionante e ela parecia destinada a repetir a vida rotineira e digna de sua mãe - e agora, sua acompanhante deslumbrada - D.Iraci.
O elemento mágico que mudou toda a biografia de Rejane foi a beleza.

(Revista O Cruzeiro)


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      Rejane Vieira foi a segunda colocada no concurso Miss Universo 1972, perdendo o titulo para a australiana Kerry Anne Wells, modelo profissional de 21 anos de idade.  Em 1973, Rejane Vieira foi estrela do filme Negrinho do Pastoreio, dirigido por Antonio A.Fagundes, atuando ao lado de Grande Otelo e Brenno MeloDepois, como Rejane Goulart, sobrenome do primeiro esposo, a Miss Brasil 1972 trabalhou nas novelas Felicidade, A Viagem e Era Uma Vez, da Rede Globo.
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      O texto abaixo, publicado na Manchete de 08/07/1972, de onde reproduzi as fotos que ilustram esta matéria, é emblemático.

Ser Miss Brasil é uma glória? 
A gaúcha Rejane Vieira Costa começa agora a sentir o doce sabor do sucesso e, como as outras, no futuro também terá uma história para contar. 

Será eleita Miss Universo, como sua conterrânea Ieda Maria Vargas ou a baiana Marta Vasconcelos? 

Renunciará ao trono da beleza, como a mineira Stael Maria Abelha? 
Terá a carreira e o renome internacional de modelo como a belíssima Adalgisa Colombo Flores? 
Vai casar-se com um milionário e entrar para a alta sociedade como Teresinha Morango Pittigliani e Martha Rocha de Lima? 
Tudo isso poderá acontecer, mas nem sempre os caminhos de uma rainha de beleza são fáceis.




      Rejane Vieira Costa, ou Rejane Goulart, também tem sua história para contar. Quase foi eleita Miss Universo, cumpriu com dignidade seu reinado até o fim, não teve uma carreira de modelo internacional e não entrou para o que se convencionou chamar de alta sociedade.

      Rejane Vieira Costa, ou Rejane Goulart, também tem sua história para contar, uma das mais belas histórias brasileiras: A da Cinderela da descalça rua do bairro do Areal, em Pelotas, que um dia foi eleita a mais bela mulher do Brasil e a segunda mulher mais bela do universo.

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