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sábado, 15 de janeiro de 2011

SESSÃO NOSTALGIA - SUE ANN DOWNEY, MISS INTERNACIONAL DO IV CENTENÁRIO DO RIO DE JANEIRO


Daslan Melo Lima
PRÓLOGO
     Em 1965, ano do IV Centenário do Rio de Janeiro, o Maracanãzinho foi palco do concurso que elegeu a Miss Internacional do IV Centenário. O certame contou com a participação de 21 concorrentes que vieram de várias partes do mundo para o evento, antes de seguirem para Miami Beach, onde foi realizado o Miss Universo. A grande noite da beleza aconteceu numa quarta-feira, 30 de junho, dias antes da eleição de Miss Brasil, realizada no sábado, 03 de julho, no mesmo Maracanãzinho.   
OS CRITÉRIOS PARA ELEIÇÃO E A COMISSÃO JULGADORA
Ingresso para a noite do Miss Internacional IV Centenário. Imagem salva do site Mercado Livre.
Graça, simpatia e bom gosto do traje típico (embora a beleza não fosse esquecida) foram os ingredientes principais que levaram à escolha da Miss Internacional do IV Centenário do Rio. (Revista Fatos & Fotos)
No concurso Miss Beleza Internacional do IV Centenário, o júri procurou principalmente a simpatia das participantes, a graça e a beleza dos trajes típicos. A plástica propriamente dita, embora merecesse atenção, não era fator decisivo para a escolha da vitoriosa. (Revista Manchete, 17/07/1965)
No Maracanãzinho, o público ficou perplexo. Não sabia se dirigia o olhar para as belas candidatas internacionais em desfile, ou para o júri, composto de nada menos de seis ex-Misses Brasil. Estas eram as únicas tranqüilas. (Manchete, 17/07/1965)

Na comissão julgadora, da esquerda para a direita: Ângela Vasconcelos, Miss Brasil 1964; Teresinha Morango, Miss Brasil e vice-Miss Universo 1957; Vera Ribeiro, Miss Brasil 1959; Ieda Maria Vargas, Miss Brasil e Miss Universo 1963; Emília Corrêa Lima, Miss Brasil 1955, e Martha Rocha, Miss Brasil e vice-Miss Universo 1954. (Imagem: revista Fatos & Fotos)
 AS CANDIDATAS
     Vinte e uma jovens participaram do Miss Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro: Miss Alemanha, Ingrid Bethke ; Miss Argentina, Nelida Jukna ; Miss Áustria, Karin Ingberg Schmidt;  Miss Bélgica, Lucy Emilie Nossent; Miss Espanha,  Alicia Borrás; Miss Estados Unidos, Sue Ann Downey; Miss Finlândia, Virpi Liisa Miettinen; Miss  França, Marie-Thérèse Tullio;  Miss Grécia, Aspa Theologitou; Miss Holanda, Anja Christina Maria Schui; Miss Indía, Persis Khambatta; Miss Inglaterra, Jennifer Warren Gurley ; Miss Irlanda, Anne Elizabeth Neill ; Miss Israel, Aliza Sadeh;  Miss Itália, Erika Jorger; Miss Japão, Mari Katayama;  Miss Noruega, Britt Aaberg; Miss Paraguai, Stella Castell Vallet; Miss  Portugal, Maria do Carmo Paraíso Sancho; Miss Suécia, Ingrid Norrman; e  Miss Uruguai, Sonia Raquel Gorbarán Barsante
As cinco finalistas do Miss Internacional do IV Centenário. Da esquerda para a direita: Miss Alemanha, Ingrid Bethke, terceiro lugar; Miss Estados Unidos, Sue Ann Downey, primeiro; Miss Finlândia, Virpi Miettinen, segundo; Miss Grécia, Aspa Theologitou, quarto; e Miss Israel, Aliza Sadeh, quinto lugar. (Imagem: revista Fatos & Fotos)
     Das 21 jovens que participaram do concurso, oito delas se destacaram no Miss Universo: Virpi Liisa Miettinen, Miss Finlândia, eleita vice-Miss Universo; Sue Ann Downey, Miss Estados Unidos, vencedora do melhor traje típico e terceira colocada; Ingrid Norrman, Miss Suécia, quarto lugar; Anja Christina Maria Schui, Miss Holanda, quinta colocada; Aspa Theologitou, Miss Grécia , semifinalista; Aliza Sadeh, Miss Israel, semifinalista; Karin Ingberg Schmidt, Miss Áustria, eleita Miss Fotogenia,  e  Ingrid Bethke, Miss Alemanha, eleita  Miss Simpatia.  

Sue Ann Downey, loura, 20 anos, estudante da Ohio State University, Miss Estados Unidos, Miss Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro, terceira colocada no Miss Universo 1965. (Foto: Revista O Cruzeiro, 24/07/1965)
 EPÍLOGO

     O concurso Miss Universo 2011 está agendado para acontecer no Brasil, no mês de setembro, em São Paulo, SP. Encerrando esta Sessão Nostalgia, transcrevo abaixo um oportuno texto publicado no Miss Memorabilia, http://www.missmemorabilia.blogspot.com
                                       O PEQUENO MISS UNIVERSO DE 1965

     De certa maneira o Miss Universo 2011 chegará ao Brasil com 46 anos de atraso. Desde a vitória de Ieda Maria Vargas em 1963, especulava-se e a imprensa anunciava a possível realização do evento no Rio de Janeiro em 1965.  A vinda do concurso faria parte das comemorações do IV Centenário do Rio de Janeiro. Era um tempo de Brasil não tão conhecido no exterior, não havia virado moda, muito menos meca de investidores internacionais. Para o Miss Universo, no entanto, o Brasil tinha então o maior concurso nacional fora do território americano; a imprensa brasileira cobria em massa o evento de beleza; e, concurso de miss fazia parte das paixões nacionais.

     Não se sabe se efetivamente a organização Miss Universo cogitou realizar o evento aqui, mas declarou que as dificuldades de telecomunicações da época impossibilitariam a transmissão do evento para os Estados Unidos – e era verdade. Como consolo, vinte e uma belezas desceram no Rio de Janeiro para concorrer ao título de Rainha Internacional do IV Centenário. O concurso foi de certa maneira um pequeno Miss Universo realizado no trepidante ambiente do Maracanazinho em clima de final de Miss Brasil. Um julgamento de misses para misses – o corpo de jurados era formado inteiramente por algumas ex-misses Brasil. 
      Mr. Philip Botfeld, diretor do Miss Universo, prestigiou o evento; mas sofreu a implacável vaia do Maracanazinho ao afirmar em sua saudação ao publico brasileiro que o Brasil era famoso no mundo inteiro pela democracia.  A chamada Revolução começava a mostrar sua cara e o as arquibancadas do ginásio era um espaço de livre expressão popular.
 
     A vitória da americana Sue Ann  Downey, conforme relata O Cruzeiro: “(...) quase ganha o coro das vaias irreverentes daquele Maracanãzinho, que vaia até minuto de silêncio. Mas Sue Ann cresceu em simpatia, simplicidade, penetrando na admiração do carioca. Seu desfile, solitário e macio, após a vitória, sensibilizou a platéia, que acompanhou os seus passos com palmas bisadas”. Ela era bonita, mas foi uma vitória com sabor de boa vizinhança - importante na época!
 
     Em 2011 o Miss Universo chegará, mas terá a responsabilidade de conquistar o Brasil. Muitos, talvez, o olhem com indiferença ou desconfiança. Não basta fazerem do Brasil o cenário do concurso, o show deverá agradar ao paladar brasileiro. Nossas ex-misses Universo já não são lembradas ou reconhecidas por uma parcela grande dos brasileiros. Se os brasileiros não lembram bem de suas vitórias, jamais esquecem as suas derrotas e misses que perderam o MU por polegadas, votos de minerva ou votações computadorizadas – estas seguem no inconsciente coletivo. A organização Miss Universo terá de entender como funciona o Brasil e saber que brasileiro é expert em mulher bonita. Em país de urna eletrônica, hoje sim somos modelo de democracia e em eleição gostamos de justiça!  

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2 comentários:

Anônimo disse...

parabéns pela lembrança!O MU é feito integralmente pela Organização deles(ainda bem!).A bandeirantes só irá transmitir e, espero, as eliminatórias ( se assim o for, poderei fazer meu julgamento).A Organização do MB não tem nada a ver,a não ser,eleger uma boa representante para que possa se classificar entre as 20 (ou 15).em 2005 Tailândia, mesmo sendo favorita,não se classificou em seu país.Das6 eleitas pelos Estados,fico com:AM,CE,RS e PR.Que não vaiemos a Miss EEUU,como os mexicanos fazem.sempre é bom um MU aqui!Acho que a realização em 1965 não foi possível porque a Org.do MU não permitia;então, fizeram um 'universalito'.Das 5 finalistas, 3 entraram no top 5 do MU.Até ontem, eu achava que Miss EEUU ou Holanda eram mais bonitas que a tailandesa.Vi uma foto da vencedora no blog do Marquinhos e fiquei impressionado.As fotos, nem sempre revelam a realidade,nem os vídeos.Abraços, Japão.

Anônimo disse...

Esqueci:o traje típico da estadunidense é totalmente inovador!Seu corpo, também, perfeito.Preferida por mim e pelo público,depois.na época, foi como favorita ao MU.Abraços, Japão