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sábado, 27 de agosto de 2011

SESSÃO NOSTALGIA – ANA CRISTINA E MARIA ELIZABETH RIDZI, ONDE O VENTO ENCONTRAVA AS ROSAS

Daslan Melo Lima
PRÓLOGO
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        Em outras ocasiões, falei aqui sobre as irmãs gêmeas Ana Cristina Ridzi, Miss Guanabara e Miss Brasil 1966, e Maria Elizabeth Ridzi, vice-Miss Guanabara 1966. Esta semana, volto a falar sobre elas, dois ícones da beleza brasileira, tendo em minhas mãos a revista O CRUZEIRO, Ano XXXVIII, Nº 39, de 29 de junho de 1966.
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MISS GB É BELEZA EM DUAS VIAS 
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(Reportagem de Ubiratan de Lemos e Rosinha Sarda/Fotos de Hélio Passos, Geraldo Viola e Rubens Américo (em preto e branco) e Indalécio Wanderley e Jean Solari (em cores)
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  As gêmeas Ridzi
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Aqui estão as oito finalistas no confronto final da beleza. Os jurados escolheram as candidatas que o povo já havia consagrado. Da esquerda para a direita: Eliane Pio Pedro; Maria da Conceição e Silva (Marina Montini); Vera Lúcia Diniz Cabral; Marina Alice Vidal; Sandra de Araújo Duarte (47 pontos, quarto lugar); Elizabeth Santos (57 pontos, terceiro); Maria Elizabeth Ridzi (73 pontos, segundo) e Ana Cristina Ridzi (97 pontos, primeiro lugar). O fato é que só 4 moças foram mesmo classificadas, ficando as restantes com o timbre simbólico de 5º lugar. A beleza em duplicata de Ana Cristina Ridzi, a moça do Marã, venceu o Miss GB em um Maracanãzinho lotado e vibrante. Aliás, a platéia escolheu logo uma das gêmeas, de rosto, corpo e iluminação, no primeiro desfile individual de vestido de baile. 
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As moças mais belas da história do Miss GB reunidas em 66. O real sorriso de Ana Cristina Ridzi, Miss Marã, eleita  Miss Guanabara 1966, e a beleza das princesas: sua irmã gêmea Maria Elizabeth Ridzi, segundo lugar;  a mulata Elizabeth Santos, Miss Renascença, terceiro lugar; e Sandra de Araújo Duarte, Miss Fluminense, quarto lugar.
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Se a vitória oscilava entre as duas irmãs iguais, em rima e métrica, como pinçar a mais bela? Quem ajudou foram as arquibancadas, unânimes na gritação do nome de Ana Cristina,  a mais fulgurante, a que mais se transmitiu, a que mais sublinhou as virtudes de sua platéia. O Júri, apenas, concordou com o público. Ora, como desclassificar a outra gêmea Elizabeth, cujos riscos copiam e repetem a beleza de Cristina? Só havia mesmo uma solução: fazer de Elizabeth a vice do Maracanãzinho, dar-lhe o segundo lugar. E o Júri não fez outra coisa. As gêmas golearam 27 concorrentes, e os aplausos consagraram a vitória indiscutível. É bom insistir na semelhança das gêmeas ganhadoras: 1,72 de altura, 59 de peso, 60 de cintura, 93 de busto, idem de quadris, 56 de coxa, 22 de tornozelo, cabelos alourados, olhos castanhos. Júri e arquibancadas louvaram-se, portanto, no imponderável, nos subjetivos, na irradiação dominante de Cristina. Estas dosagens abstratas marcaram a diferença das iguais. 
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MISS GB É FLOR DA ROÇA
(Texto de Ubiratan de Lemos – Fotos de Hélio Passos)
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Ana Cristina, Miss GB-66, de parceria com sua irmã Elizabeth, a 2ª colocada, festejou a vitória na roça, onde foi criada e onde mora.  É a intimidade de um lar simples e feliz que esta reportagem mostra. 
Montar a cavalo não tem mistérios para quem como Miss Guanabara se criou na roça.
Ana Cristina, o pai Michal, a irmã gêmea Elizabeth, o irmão Miguel e a mãe Analzira.  
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Eles moram muito acima da serra que azula no horizonte, lá para as bandas de Vilar dos Teles, perto de Caxias (Estado do Rio), precisamente onde o vento encontra as rosas. O velho Michal – velho uma ova, diria ele – não troca o seu ninho de roça por nenhum apartamento de Copacabana. Ele chama asfalto e edifícios de jaula de civilização, antigente, liquidificador dos nervos e da saúde física e moral. Seu caso é mato, rio (ele tem um), jamelão, laranjeiras, mangueiras, jaqueiras, goiabeira, pé de mamão e outras famílias verdes, passarinhos de confusão na galhada, peixe “cará” ao alcance do anzol, vaquinha leiteira de conversa com cavalo respeitador. Nesta alcova de folhas, de chão e arvoredo, ele e sua bela Analzira criaram aquela que chegaria a ser Miss GB-66, a Ana Cristina-em-permanente-estado-de-flor, a outra gêmea Elizabeth, e o jovem Miguel, irmão delas. Só troca o seu pedaço de chão pelo céu de Cristo, que ele já tem por dentro, porque o velho Michal é o pai espiritual dos vizinhos. Vive de fazer o bem por instinto, sem comprar entrada para o céu.
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Alegria grande foi dos vizinhos de “seu” Michal, que vieram cumprimentar a filha Miss. As crianças fizeram fila para as felicitações a Ana Cristina, Miss Guanabara-66.
 Analzira Ridzi, ladeada pelas famosas filhas gêmeas
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Miss Guanabara e a irmã saíram do Maracanãzinho para a casa delas, branca e simpática, conforto sem luxo. Veio toda a vizinhança dar o abraço grande e justo. Gente pobre, lavadeiras e demais arrumações de vida. 
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MARÃ, O CLUBE QUE LANÇOU CRISTINA
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É bom bater papo sobre o clube, na base de informações de Júlio Neves, o vice-presidente ativo e funcional. Marã quer dizer índio guerreiro, no tupi-guarani do Júlio. É clube de Marechal Hermes, subúrbio com atributos de bairro, reunidor de suburbanas capitosas... O Marã fisgou Cristina numa festa de rainha do suéter, que fez sucesso nos arraiais de São João do Meriti, cidade gêmea de Caxias. Assim começou mesmo a história que terminou com a faixa do Maracanãzinho.
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EPÍLOGO
          Adoro entrar no túnel do tempo através das minhas revistas antigas. Adoro rever as misses maravilhosas de um tempo que se foi, como as gêmeas do Miss Guanabara 1966, que moravam muito acima da serra que azulava  o horizonte, lá para as bandas de Vilar dos Teles, perto de Caxias, Estado do Rio, precisamente onde o vento encontrava  as rosas.
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Relação de todas as crônicas de PASSARELA CULTURAL focalizando as gêmeas Ana e Elizabeth Ridzi:
 
21/06/2008, SESSÃO NOSTALGIA - ANA CRISTINA E MARIA ELIZABETH RIDZI, AS MISSES GÊMEAS DE 1966,   
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25/12/2009, SESSÃO NOSTALGIA - MARIA ELIZABETH RIDZI, VICE-MISS GUANABARA 1966, E OS ROMANCES DE A.J.CRONIN , http://passarelacultural.blogspot.com.br/2009/12/sessao-nostalgia_25.html

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27/08/2011, SESSÃO NOSTALGIA – ANA CRISTINA E MARIA ELIZABETH RIDZI, ONDE O VENTO ENCONTRAVA AS ROSAS,  http://passarelacultural.blogspot.com.br/2011/08/sessao-nostalgia_27.html
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12/05/2012, SESSÃO NOSTALGIA - MISSES E MÃES NA TARDE QUE MORRE , http://passarelacultural.blogspot.com.br/2012/05/sessao-nostalgia_12.html


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5 comentários:

DASLAN MELO LIMA disse...

E-mail enviado pelo jornalista Muciolo Ferreira, Recife-PE
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Daslan,

se voce adora, nós amamos e vibramos com o tùnel do tempo da Sessão Nostalgia, principalmente quando destaca as misses das décadas de 50 e 60, independente do Estado, País, Cidade ou Clube que elas representaram. Porque tudo é nostalgia com doses de sofisticação que estas misses tinham.

Apenas um detalhe dessa reportagem que a revista O Cruzeiro deixou de citar. Era do conhecimento de todos os admiradores dos concursos(a palavra missólogo nem sonhava surgir) que, por mais idênticas que eram Ana Cristina e Maria Elizabeth Ridzi, havia uma pequena diferença entre elas: Maria Elizabeth era dois centímetros mais alta do que Ana Cristina, e esta tinha três centímetros a mais no volteio do quadril.

Mas quem a olho nú observaria estes minúsculos detalhes? Teria que ser, no mínimo, um matemático, físico ou engenheiro para distinguir milimetricamente esses números que faziam a diferença.

Uma ótima semana a você e a todos os leitores.

Muciolo Ferreira
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Roberto Macêdo disse...

Daslan,

Parabéns pela viagem aos anos 60. Conheço pessoalmente Ana Cristina. É um doce de pessoa. Há poucas semanas a revista Época publicou uma matéria inexata sobre misses gêmeas:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI249557-15228,00-A+BELA+QUE+OFUSCOU+MARTA.html

Um abraço e bom domingo,

Roberto Macêdo

popArt2.0 disse...

Elas moravam no Jardim Redentor, bem na divisa com Vilar mesmo, mas Jardim Redentor é bairro do Municipio de Belford Roxo. rs
Elas eram lindas mesmo, minha mãe me disse.
E disse que o pai delas tinha um cinema aqui no bairro, que legal essa historia.

Anônimo disse...

a reportagem já foi o máximo,mas todo acréscimo dá mais uma visão.Abraços!Japão

Unknown disse...



Gostaria de informações da Eliane Pio Pedro...eu a conheci em Volta Redonda nos anos 80.

Vanderlei Horta