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sábado, 6 de junho de 2015

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO

PERSONALIDADE EM DESTAQUE 

Erik Everton, 
para quem quer e corre atrás, um dia o sonho se realiza   
           
       Com sua aparência de menino, embora esteja completando vinte anos de idade neste sábado, 06, Erik Everton da Silva Vieira, estudante de Medicina da Universidade de Pernambuco, tem um conselho para dar aos jovens carentes como ele que desejam entrar numa universidade:  “Nunca desistir e achar que sempre é possível. Houve um momento em que eu pensei em desistir. Eu já havia ultrapassado o nível de escolaridade em relação aos meus pais e isso já estaria bom. Mas depois de um tempo, eu senti que não era aquilo o que realmente queria. Senti que devia buscar meu sonho independente do rumo que minha vida fosse tomar. Para quem realmente quer e corre atrás, um dia o sonho se realiza.”
         Erik Everton, filho de Maria Cristina da Silva Vieira, prendas do lar, e do garçom José Edson Vieira (falecido precocemente em 2005), e irmão de Erika, professora, personagens reais de uma vida simples, pontuada de sacrifícios e sonhos, do bairro de Timbaubinha. Erik Everton estudou  o pré-escolar na Escola Municipal Dulce Rodrigues; o Fundamental completo na Escola Municipal Dr. Antonio Galvão Cavalcanti (Ginásio Municipal); ingressou na EREMT, Escola de Referência em Ensino Médio de Timbaúba, e fez um curso preparatório para o vestibular no educandário  Fernandinho e Cia, onde ganhou uma bolsa.
           

         Questionado se  perdeu uma etapa da juventude por conta das horas de estudo, alega com tranquilidade: Acho que soube dividir bem o tempo de estudo e  diversão. Estudar não significa perder totalmente a juventude. Significa se preparar para um futuro bem próximo. Eu conseguia aprender muita coisa apenas com as aulas, o que não sacrificava tanto minhas horas livres tendo que ler livros.” Quanto ao segredo para se preparar  bem e passar no vestibular, orienta: “Confiança em si mesmo. Por mais que o cursinho e a EREMT tenham me preparado muito bem para enfrentar essa prova, se eu não tivesse confiança em mim, no meu sonho, eu não teria conseguido.
        Feliz com o curso de Medicina, revela: “Pretendo me especializar em neurocirurgia. Embora o curso seja bastante cansativo, estou sentindo isso na pele agora, é bastante gratificante utilizar todo o seu conhecimento em prol do bem de seus pacientes. Eles lhe confiam a vida, e quando você pode ajudá-los, é realmente muito gratificante."   Ao encerramos a entrevista, perguntei ao Eerik  qual a maior lição que as dificuldades lhe ensinaram e lhe ensinam.  Seguro de si, respondeu: Que eu posso tudo. Basta querer."

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MEMÓRIA TIMBAUBENSE

Mariano Joaquim, um timbaubense na lista dos desaparecidos na ditadura militar

        

          Mariano Joaquim da Silva nasceu no dia 8 de maio de 1930, em Timbaúba, filho de Antônio Joaquim da Silva e Maria Joana Conceição e era casado desde 1952 com Paulina Borges da Silva, com quem teve sete filhos. Ele foi dado como desaparecido no dia 31 de maio de 1971, no Rio de Janeiro. De acordo com o Inquérito Policial Militar (IPM), Mariano Joaquim pertencia à  VAR-Palmares, Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, além de ter militado em partidos como o PCB e o PCdoB.
        A primeira prisão de Mariano aconteceu em 1952, em Timbaúba, no qual ele foi acusado de cometer atividades subversivas. Logo após o episódio Mariano se mudou com a família para o Recife, onde voltou a trabalhar como sapateiro e ganhou destaque no Sindicato dos Sapateiros do Recife, chegando ao cargo de delegado. Sua segunda prisão aconteceu em 05 de maio de 1956, no Recife, sobre a mesma acusação. Em 1959, ele foi novamente preso junto com a sua esposa passando três dias na prisão. Em 1961, desligou-se das atividades do sindicato e foi eleito secretário do Sindicato Rural de Timbaúba. Pouco depois, indicado como Secretário Nacional das Ligas Camponesas.
        Após o Golpe Militar, em 1964, Mariano sofreu uma intensa perseguição. Em 1967, ingressou na VAR-Palmares e atuou como diretor do movimento. Vivendo cladestinamente no Recife, no dia 1º de maio de 1971, o DOI-CODI-SP, segundo o livro “Brasil: Nunca Mais”, prendeu Mariano na rodoviária da capital pernambucana. Ele foi torturado e enviado para a chamada Casa da Morte, nome dado ao centro clandestino de torturas do Centro de Informações do Exército (CIE) no Rio de Janeiro. De acordo com relatos da ex-detenta Inês Etienne Romeu, Mariano foi torturado durante semanas. Inês também revelou que um dos torturadores, o Dr. Teixeira, afirmou que Mariano havia sido torturado até a morte no dia 31 de maio de 1971. Até hoje seu corpo não foi encontrado.
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Fonte: Acervo do Diario de Pernambuco

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EXPRESSÕES DA MATA NORTE - Agradeço a você, leitor, leitora, que telefonou ou enviou e-mail parabenizando-me pela inclusão do meu nome no livro Expressões da Mata Norteantologia literária organizada pelo professor José Olivá Apolinário, Mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, Universidade Federal de Pernambuco. ***** Duas crônicas da minha autoria fazem parte do livro, "A moça que vem e a moça que vai" e "Pare. Olhe. Escute."  ***** Sou grato a DEUS pelas inspirações que Ele me concede. Sou um menino grande, discípulo do tempo, aprendendo a espalhar sentimentos ao vento. ***** Um abraço a você, leitor, leitora, e dias iluminados, poeticamente e espiritualmente iluminados. - Daslan Melo Lima.

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