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sábado, 18 de maio de 2019

SESSÃO NOSTALGIA - Jezebel Alves do Nascimento, de São José da Laje, Alagoas, Rainha do Verão do Recife de 1953

Daslan Melo Lima


       
          A imagem pouco nítida de uma jovem em traje de banho numa praia do Recife, enviada pelo meu amigo José Maria de Mattos, de Maceió, AL, na quinta-feira, 17, fez festa em minh'alma.  Na coluna social do Correio Lagense, edição de dezembro de 1953, jornal que circulou nos anos cinquenta na cidadezinha alagoana de São José da Laje, onde nasci, a legenda sob a foto, obedecendo a ortografia da época, diz:

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São José da Lage nas Praias Pernambucanas

Aí está a Snrta. Jesabel Alves, filha desta terra, atualmente residindo  no Recife, onde conseguiu com a sua plástica admirável, se eleger Rainha das Praias daquela Capital. São José da Lage, denominada "Princesa das Fronteiras", também tem uma Rainha se impondo lá fora com a sua beleza. Publicando aqui a sua fotografia, estamos prestando a nossa homenagem a Rainha e agradecendo a divulgação do nome deste Município, tão cheio de rainhas e princezas.
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Jesabel Alves ou Jezebel Alves do Nascimento?
Rainha das Praias ou Rainha do Verão do Recife de 1953?

         Pesquisando na internet, cheguei ao blog do jornalista pernambucano Fernando MachadoEm 13 de setembro de 2018, na coluna "De Volta ao Passado", ele escreveu: "Há 65 anos, no Terminal de Boa Viagem, acontecia a escolha da Rainha do Verão do Recife de 1953. Venceu Jezebel Alves do Nascimento."
            José Maria de Mattos me contou o seguinte: "O Sr. Fernando Galvão de Pontes numa das inúmeras vezes que ia na casa dele para falarmos sobre a Laje Antiga, falou que o Correio Lagense muitas vezes era editado e impresso no início da noite e começo da madrugada, à luz de um lampião, daí acontecer erros."  Por esse motivo, optei digitar nesta Sessão Nostalgia os nomes desta forma: Jezebel Alves do Nascimento e Rainha do Verão do Recife de 1953.

Jezebel Alves do Nascimento, 
quase estrela de cinema

     Ao receber a imagem, o menino que um dia eu fui viajou no "túnel do tempo" para a década de 1960. Numa tarde fria, vi passar pelo centro da cidade uma mulher linda de longos cabelos negros, faceira,  chamando a atenção de todos, como se estivesse desfilando numa imaginária passarela. Ouvi uma pessoa afirmar que ela tinha sido Miss Pernambuco, mas logo alguém corrigiu: "Jezebel foi eleita Rainha das Praias de Pernambuco. Convidada logo depois para trabalhar num filme, não foi aprovada na entrevista por que chegou com os cabelos cortados. Ninguém tinha lhe dito que sua personagem teria  cabelos compridos." 
                                                 
Jezabel, novela de Cristiane Fridman e direção geral de Alexandre Avancini, que está sendo exibida na Record TV, conta a história da princesa Jezabel, vivida pela atriz Lidi Lisboa, foto acima. Na trama, após um acordo entre dois reinos, ela casa com o príncipe Acabe, interpretado pelo ator André Bankoff, e se torna uma ameaça para o povo de Israel.  Bela, sedutora e má, se aproveita da fraqueza e submissão do marido para comandar o reino com violência e manipular todos ao seu redor para adoração aos deuses pagãos. 
"Quando as pessoas falam de “espírito de Jezabel”, significa alguém que manipula para conseguir o que quer. "
Uma canção para Jezebel

Há uma canção chamada Jezebel, autoria do compositor americano Wayne Shanklin (1916-1970), lançada em 1951, na interpretação de Frankie Laine (1913-2007). Com letra em português de Caribé da Rocha, a música foi gravada por Jorge Goulart (1926-2012) e lançada em julho de 1952.


Jezebel... Jezebel...
A dor que trago em meu peito
A luz que brilha em minh'alma
Jezebel... Jezebel... És tu!
A mágoa é um prazer, Jezebel... Oh, Jezebel...
Amar é viver, morrer
Eu posso o mundo enfrentar
E ao inferno chegar
Assim é o amor que eu tenho por ti, Jezebel,
Só por ti, mais ninguém
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A dor que trago em meu peito
A luz que brilha em minh'alma
Jezebel... Jezebel... És tu
Melodia que me vem do céu
Me acalma o coração
E eu escuto assim com emoção, amor
A ternura que então me invade
Desperta-me a saudade e a recordação
Minha obsessão, teu nome, Jezebel... 
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E louco de amor, vibrante de paixão
Eu sonho com a vida feliz que terei contigo
Se puder te encontrar
Na minha alucinação
Na noite, na amplidão, gritarei sem cessar:
Onde estás? Onde estás?
Jezebel! Jezebel!

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         Faz uns trinta anos que reconheci numa senhora que caminhava tranquila pela Avenida Guararapes, centro do Recife, a Jezebel Alves do Nascimento, Rainha do Verão do Recife de 1953. Senti vontade de me aproximar, dizer que era natural da mesma cidade onde ela nasceu e procurar saber detalhes do seu passado de rainha da beleza. Hesitei. A minha timidez na época não permitiu. 



       Ainda bem que, graças a Deus e ao recorte do jornal Correio Lagense, enviado pelo José Maria de Mattos, consegui resgatar uma pequena parte da trajetória de uma beldade famosa da minha amada São José da Laje. 

       Na cidadezinha onde nasci, localizada nas margens alagoanas do Rio Canhoto, jovens de 2019 também sonham morar em uma grande cidade e conquistar um título de beleza, tal como Jezebel Alves do Nascimento, Rainha do Verão do Recife de 1953.       

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Jorge Goulart canta "Jezebel",

Um comentário:

Anônimo disse...



Nossa! Essa notícia é do fundo do baú. Só mesmo o blog do Daslan para descobrir essas relíquias, verdadeiras preciosidades, e trazer para os seus leitores e amigos.
uma ótima semana.

muciolo ferreira