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sábado, 4 de agosto de 2012

SESSÃO NOSTALGIA – MICHELLA MARCHI, MISS BRASIL 1998


Daslan Melo Lima
                                                     
Há treze anos, uma preciosa recordação vive no meu coração e no espaço azul das coisas que me são caras: a imagem de uma jovem linda e inteligente chamada Michella Dauzacker Marchi, ou simplesmente Michella Marchi
     Eu estava no Clube Internacional do Recife, na noite da eleição da Miss Pernambuco 1999, quando num dos intervalos chamaram à passarela aquela que um ano antes tinha sido eleita a mulher mais bela do país. Ela surgiu deslumbrante, simples e ao mesmo tempo sofisticada, humilde e ao mesmo tempo majestosa. Após o desfile, Michella Marchi pegou o microfone para falar das suas impressões como Miss Brasil. Segura de si, tranquila, voz pausada e agradável, Michella Marchi falou de sua experiência como rainha da beleza num mundo onde o interior das pessoas deveria ser priorizado e externou a importância de um título de beleza, dentro de um contexto onde o belo pode dar às mãos na construção de um mundo melhor e politicamente correto. Ao encerrar o seu discurso, a Miss Brasil 1998 foi aplaudidíssima. Muitos ficaram em pé para aplaudi-la, inclusive eu.  E é para você, Dra. Michella Marchi, eterna Miss Dourados, Miss Mato Grosso do Sul, Miss Brasil e semifinalista no Miss Universo 1998, a quem dedico a primeira Sessão Nostalgia deste agosto frio de 2012.
               O MISS BRASIL 1998 NA VISÃO DA ISTOÉ

Adriana Reis, Miss Rondônia, e Michella Marchi, Miss Mato Grosso do Sul. Minutos antes de saber que ficaria em segundo lugar, a Miss Rondônia não segurou as lágrimas. 

      VOLTA PARA O FUTURO – Concurso Miss Brasil tenta resgatar o glamour do passado e mostra novo perfil de candidatas - (Reportagem de Rita Moraes. Fotos de Luciana de Francisco.Revista ISTOÉ, nº 1488, 08/04/1998).
      Elas juram que não leram só O Pequeno Príncipe, nem querem apenas aparecer em coluna social ou arranjar um bom casamento. Sem medo de eventuais críticas feministas, 27 belas jovens disputaram o Miss Brasil 98, concurso que causava frisson nas décadas de 50 e 60 e fez mitos como Martha Rocha e Vera Fischer, mas nos úlltimos 20 anos perdeu o brilho, deixando até de ser televisionado. Dentro dos tradiconais maiôs Catalina ou em trajes de gala, as candidatas se esforçaram para apresentar um perfil intelectualizado. Conscientes das conquistas feitas pela mulher, elas rechearam suas poucas falas com alusões aos problemas sociais, fugindo ao esteriótipo de bibelô. “O Brasil precisa valorizar a educação”, discursou Michella Marchi, 20 anos, Miss Mato Grosso do Sul. Com 1,79m, 59 quilos, 89 cm de busto, 62 de cintura e 90 de quadril, a Miss Brasil 98 vislumbra os ganhos que o título pode lhe render. Estudante de Direito, Michella fala inglês, conhece a Europa e quer ser uma advogada bem sucedida.     
  Todas as candidatas estavam sincronizadas com a proposta dos organizadores que esperam resgatar a importância do concurso lançando o slogan “Beleza com propósito”. Na verdade, eles seguem uma tendência estabelecida desde a década de 80 em outros países, como a Venezuela, onde este tipo de evento é um grande empreendimento e vincula-se a causas sociais. “O Miss Universo é assistido por 800 milhões de telespectadores. Custa ao país sede cerca de US$ 4 milhões e é disputado por 90 países”, diz Boanegers Gaeta Júnior, da empresa Singa Brasil, orga- nizadora oficial do concurso. “Não dá para entender o desinteresse nacional.” Na quarta-feira 1º, a casa de show Tom Brasil em São Paulo ficou lotada, mas a maioria era artista, empresário e familiar convidado. Nos tempos áureos, a escolha de Miss Brasiil levava 20 mil pessoas ao Maracanãzinho, no Rio.

Luizeani Altenhofen, Miss Rio Grande do Sul, terceira colocada. 
     Algumas coisas, porém, não mudam. Como a cara de surpresa e as lágrimas das vencedoras, o sorriso amarelo  das não  finalistas, as sempre presentes mães de miss, o exagero de alguns estilistas e os faniquitos dos maquiadores. Minutos antes de saber que ficaria em segundo lugar, a Miss Rondônia, Adriana Reis, de mãos dadas com Michella Marchi, segurou as lágrimas. A emoção tem sentido. As três primeiras representarão o Brasil nos maiores concursos internacionais e poderão receber prêmios milionários. Michella, que já garantiu um Corsa 98, sete vestidos de noite, um celular, joias e mais R$ 3.500, estará em breve em Honolulu, no Havaí, para o Miss Universo, cuja premiação chega a US$  250 mil. Adriana concorrerá ao Miss Mundo nas Ilhas Seycheelles e a terceira colocada, a loura Luizeani Altenhofen, Miss Rio Grande do Sul, irá para o Japão concorrer ao Miss Beleza Internacional. Martha Rocha, que fez parte do júri, viveu essa emoção há 44 anos e reconhece que, se as cenas se assemelham, os critérios de avaliação hoje vão além das duas polegadas a mais no quadril, que a fizeram perder o Miss Universo. “Neste tempo, o homem já foi á Lua e a Marte. As moças têm que estar atualizadas.” Ela tem razão. As atuais candidatas podem se mirar no exemplo da venezuelana Irene Saez, Miss Universo 1981, que fez carreira política e é candidata favorita à Presidência da República.  
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Michella Marchi, Miss Brasil 1998,  na capa da revista Miss Brasil 99, editada por Gaeta Promoções & Eventos Ltda. Na foto menor, o Top 3 do Miss Brasil 1998. Da esquerda para a direita, Luizeani Altenhofen, Miss Rio Grande do Sul, terceira colocada; Michella Marchi, Miss Mato Grosso do Sul, primeira; e Adriana Reis, Miss Rondônia, segundo lugar. Luizeani Altenhofen, Miss Brasil Beleza Internacional, não partipou do Miss Beleza Internacional, realizado no Japão, porque teve problemas de saúde nas vésperas de embarcar para o exterior. Michella Marchi ficou entre as semifinalistas do Miss Universo, em Honolulu, Havaí. Adriana Reis, Miss Brasil Mundo, ficou entre as semifinalistas do Miss Mundo, em Londres. Tal como na época de ouro do Miss Brasil, o concurso de 1998 enviou as três primeiras colocadas para os três mais importantes  concursos de beleza do mundo.
                     O REINADO DE MICHELLA MARCHI
Honolulu, Havaí, maio de 1998. Eram 81 garotas de todas as partes do mundo atrás de um sonho: ser eleita Miss Universo. Entre elas, Michella Marchi, que conquistou um lugar entre as semifinalistas. O concurso foi vencido por Wendy  Fitzwilliam , Miss Trinidad Tobago.                                                             
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Roberto Macêdo, jornalista baiano, entrevistando a Miss Brasil 1998 no intervalo de uma das programações do Miss Universo.                                                                     
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      Filha da Miss Dourados 1972, Sandra Dauzacker, Michella entrou no concurso municipal a pedidos dos coordenadores locais, pois estava se mudando para Santos-SP, onde começaria seus estudos de Direito. Por insistência de alguns, achou por bem prestar uma homenagem à cidade que estava deixando, convicta que não ganharia o título. Para sua surpresa, conquistou em duas semanas os concursos de Miss Dourados, Miss Mato Grosso do Sul e Miss Brasil 1998. Entre as personalidades que fizeram parte da comissão julgadora do Miss Brasil 1998 estavam três Misses Brasil:  Martha Rocha (1954), Celice Marques (1982) e Valéria Pèris (1994).  Michella viajou ao Miss Universo, realizado no Havaí, ficou entre as semifinalistas  e recebeu convites para participar de campanhas publicitárias com o objetivo de promover o turismo naquele país. De volta ao Brasil, trancou matricula na Faculdade de Direito e iniciou seus compromissos como Miss Brasil. Viajou por mais de 80 cidades em 17 Estados e ainda Argentina, Paraguai e Uruguai. Apresentou-se em vários programas  de TV, foi capa da revista Folha de São Paulo e motivo de reportagens em várias  publicações nacionais, como O Globo, Jornal do Brasil, O Estado de São Paulo e Caras. Foi convidada a integrar o elenco de Estrela de Fogo, novela da Rede Record, e a apresentar um programa mensal na Rede Bandeirantes chamado Rodeio. Optou pelo programa, pois antes de ser Miss tinha sido campeã de equitação na categoria três tambores, durante três anos consecutivos, no seu Estado natal e no Paraná. Participou como jurada convidada das gravações de Pecado Capital, novela da Rede Globo de Televisão, no concurso que elegeu a mais bela taxista do Rio. Também foi destaque da Escola de Samba Beija Flor e sua presença foi citada no Jornal Nacional como a figura que deu brilho à escola. (Fonte: Revista Miss Brasil 99, Gaeta Promoções e Eventos Ltda). 

           POR ONDE ANDA MICHELLA MARCHI
       A Miss Brasil 1998 é casada com o empresário Dilton Niquini e mora em Belo Horizonte–MG,  onde trabalha como advogada.  Ela foi  entrevistada recentemente pela Band no progama Miss Minas Gerais 2012, onde conta relatos interessantes sobre sua trajetória de rainha da beleza brasileira,. Vide o link:   http://missminasgerais.com.br/plus/modulos/multimidia/visualizar.php?cdmidia=22
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     Naquele 1999, eu estava no Clube Internacional do Recife na condição de coordenador de Gilvânia Aguiar, Miss Timbaúba, torcendo para que ela  conseguisse pelo menos um lugar entre as semifinalistas. Não conseguiu, embora tenha feito uma boa apresentação, no ano em que a bela Jadilza Bernardo, Miss Jataúba, foi eleita Miss Pernambuco. E entre as  boas recordações daquele 1999, ficou comigo para sempre a lembrança de Michella Marchi, Miss Brasil 1998, uma preciosa recordação que vive no meu coração e no espaço azul das coisas que me são caras.
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6 comentários:

Roberto Macêdo disse...

Daslan,

Chego agora em casa, depois de um dia extenuante, e vejo essa maravilha: a Sessão Nostalgia com Michella. Que prazer!

Você me fez reviver alguns dos dias mais felizes da minha existência, ao passar aquelas semanas em Honolulu acompanhando o desenrolar do Miss Universo e cobrindo o evento para o jornal O Progresso, de Dourados, terra natal da Miss Brasil. A foto que você publica foi durante uma entrevista que fiz para um programa havaiano que transmitia em espanhol.

Michella é uma das Miss Brasil mais queridas por mim. Além da beleza, ela é um ser humano maravilhoso. Não somente eu, mas a grande maioria dos presentes em Honolulu tinha certeza de que a Miss Brasil seria a Miss Universo. Quando apresentei Michella a Osmel Sousa, o todo poderoso da Venezuela, ele disse: "Ustedes tienen una preciosidad"! E vi os olhos dele brilharem, imaginando aquela miss representando o seu país. Não teria para ninguém!

Na véspera da semifinal, comentei com o diretor do Miss Brasil que Michella venceria e Trinidad ficaria em segundo. O estilista de Wendy Fitzwilliam, Peter Elias, escutou e daí nasceu uma amizade que dura até hoje, sendo ele meu anfitrião no Miss U 99.

Michelle ficou em 6º. Acredito que se ela tivesse contado com uma melhor assessoria, um melhor vestido de noite, ela teria sido a Miss U 1998.

Em 2001 encontrei Michella novamente num concurso de miss. Dessa vez no Miss U em Porto Rico. E viajamos no mesmo vôo de San Juan para Miami, com toda a tripulação "babando" pela brasileira. O chefe dos comissários veio me dizer que a conhecia, mas não lembrava de onde, se era uma atriz de Hollywood... Eu disse que era a Miss Brasil 98, semifinalista no Havaí. Ele imediatamente se lembrou e ofereceu a Michella um assento na primeira classe. E nos encheu de brindes da American Airlines.

Como você diz, Daslan, são recordações que o tempo levou, mas fica o perfume na nossa mente a nos recordar que já fomos felizes. Obrigado Michella! E que Deus proteja e acolha sempre a sua mãe, que já não está entre nós.

Roberto Macêdo

Anônimo disse...

Daslan, é sempre um privilégio para quem acompanha a História das Misses do Brasil frequentar bloggers como o seu. Admiro também seu trabalho. E lembrar da eleição de Michela Marchi em 1998 é um dos momentos mais gratificantes deste concurso. Porte, inteligência e beleza, porém esbarrou na falta de preparação para o concurso naqueles dias, e teríamos concerteza conquistado o Miss Universo, porque beleza nunca lhe faltou.

Existe um cabelereiro aqui em Salvador que tem uma das mais belas fotos de Michela Marchi num poster, vou tentar obter copia dela. Ok?

Um grande abraço.

MARCIO LANDIN. (Jose Romeu)

Anônimo disse...

Daslan,

o que mais me encantou na coluna semanal do Passarela Cultural não foi a matéria sobre a Miss Brasil 1998 Michella Marchi. Até porque, apos a desistência do Sílvio Santos em transmitir o concurso, este entrou em queda livre, decadência, perdendo o interesse geral da mídia e de quem acompanhava seu desenrolar.

As minhas congratulações ao editor do blog vai para a bela imagem da jornalista e Miss Brasil 1989 Flávia Cavalcante. Ela está muito mais bonita do que quando foi eleita Miss Brasil, num sábado, dia 1º de abril de 1989, concurso do qual tive o privilégio de assistir no antigo Teatro da TVS, no bairro do Carandirú.

Uma boa semana a todos.

Em tempo: adorei o comentário do Roberto Macêdo sobre a Michella Marchi. Daqui envio o meu abraço a ele que é o maior especialista brasileiro e conhecedor profundo dos concursos de miss.

Muciolo Ferreira - do Recife

Roberto Macêdo disse...

Muciolo,

Muito obrigado pela citação. Bondade sua.

Um abraço,

Roberto

phillip disse...

I was in hawaii 1998 i remember seeing michella many times at the hilton village were the contestants were staying she is very attractive its nice reading about her after all these years

Anônimo disse...

Daslan,


Igual aos amigos que já postaram seus comentários, assisti pela TV esse concurso em 1998, Michela era a mais bela das concorrentes. Acredito também como Roberto que o vestido de gala a prejudicou bastante, merecia algo melhor. Isso ocorre há vários anos quando nem Rio G. do Sul e nem Minas Gerais representam o Brasil quando levam os melhores vestidos. Mas não tem a beleza ímpar de Michela, sentimos pena desse estado de coisas. Brasil em 1998 teria a sua terceira coroa. Porém, deslocar o cenário para outro estado seria uma ameaça para os donos da patente. Como sempre foi. Existe uma foto aqui em Salvador num simples salão de cortes de cabelo, num grande quadro com Michela em vestido vermelho. Com essa cor e com o cabelo que ela está naquela foto que fica na Direita da Piedade em frente ao Banco do Brasil, é dizer está ali a MISS UNIVERSO.

MARCIO LANDIN