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sábado, 4 de julho de 2009

SESSÃO NOSTALGIA - DENISE GUIMARÃES PRADO, MISS MINAS GERAIS 1958, UM ROSTO BONITO A SERVIÇO DOS POBRES

Daslan Melo Lima



       Denise Guimarães Prado, Miss Minas Gerais 1958, saiu do Maracanãzinho naquele 21 de junho de 1958 com um honroso terceiro lugar no concurso Miss Brasil, perdendo apenas para a pernambucana Sônia Maria Campos, segunda colocada, e para a carioca Adalgisa Colombo, Miss Distrito Federal, primeira colocada.

      O Top 3 do Miss Brasil 1958 alcançou projeção internacional. A carioca Adalgisa Colombo voltou de Long Beach com o segundo lugar no concurso Miss Universo 1958. A pernambucana Sônia Maria Campos, primeira brasileira a disputar o título de Miss Mundo, voltou de Londres com o sétimo lugar no Miss Mundo. A mineira Denise Guimarães Prado foi eleita Reina Continental del Café 1959, em Manizales, Colômbia.
      Durante o período que passou no Rio de Janeiro, Denise conheceu o trabalho realizado pela Associação Luísa de Marillac, fundada por Irmã Rosalie Rendu, Filha da Caridade de São Vicente de Paulo, em 1853, na França. O nome vem de Santa Luisa de Marillac (1591-1660), patrona da Associação, fundadora das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.


> De maiô, Denise Guimarães Prado, Miss Minas Gerais 1958, em foto de Indalécio Wanderley, na revista O Cruzeiro, 05/07/1958.

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Um rosto bonito a serviço dos pobres, este foi o título da reportagem de Arlete Neves, publicada na revista Querida, 2ª quinzena, janeiro de 1959.

A bela Miss Minas Gerais mostra que beleza e futilidade não são companheiras inseparáveis, como tanta gente supõe. Sem se deixar ofuscar pelo sucesso, põe o prestígio do seu título – e de sua beleza - a serviço de uma nobre causa.
Denise Guimarães Prado, esta beleza de garota que recebeu o título de Miss Minas Gerais de 1958, em sua vagem ao Rio para disputar o cetro de Miss Brasil, tomou conhecimento do trabalho que as “Luísas de Marillac” realizam em favor da velhice desamparada.

De volta à sua cidade resolveu divulgar lá também o mesmo movimento. De pensar e agir foi apenas um passo. Com grande entusiasmo Denise se pôs a trabalhar e a divulgar em Belo Horizonte a obra das “Luísas”. Foi assim que os vovôs e as avozinhas pobres de Minas Gerais ganharam uma linda e ativa protetora.



Esta é Denise. Um rosto bonito e um coração dedicado à velhice desamparada. (Revista Querida, segunda quinzena, janeiro de 1959)

Denise utilizou seus conhecimentos entre a sociedade local para lançar uma campanha em prol da construção de um abrigo para a velhice. Organizou uma “avant-première”, exibições na TV Itacolomi, festas de caridade. O número de “Luísas” foi crescendo e agora a associação já é uma realidade em Belo Horizonte. Foi deliberada a realização de chás, em residências de figuras destacadas da sociedade local, cuja renda reverterá totalmente para a instituição. O primeiro deles foi realizado na casa da nova “patronesse”, Sra.Alair Couto (nascida Zilda Meireles), e constituiu-se realmente num acontecimento social e num belo desfile de elegância, bom gosto e distinção da mulher mineira.


Um aspecto do chá de caridade na casa da Sra.Alair Couto (nascida Zilda Meireles). Da esquerda para a direita: Hélio Vaz de Melo (gerente da sucursal mineira de O Globo), Ana Marina Viana (colunista social), Denise Guimarães Prado (Miss Minas Gerais 1958), Wilson Frade (colunista social), Zilda Meireles e Marli Passos. (Querida, segunda quinzena, janeiro de 1959)

Em homenagem a “O Globo”, que há dois anos resolveu projetar o nome das “Luísas”, hoje conhecidas por toda a parte, as moças mineiras decidiram conceder ao jornalista Rogério Marinho, diretor substituto daquele jornal, o título com diploma de “Protetor Perpétuo” das “Luísas de Marillac”, de Belo Horizonte.


O chá de caridade na residência da Sra.Alair Couto foi realmente um acontecimento social na capital mineira. Da esquerda para a direita, a elegância de Teresinha Martins, Elza Neireles, Denise Guimarães Prado, Helena Gonçalves de Castro, Solange Castaings, Baby Malletta, Maria Meireles, Clades Pinto e Ana Maria Viana.(Querida, segunda quinzena, janeiro de 1959)

      A historia da ALM , Associação Luísa de Marillac, no Brasil, nasceu em 15/03/1942, na Creche Catarina Labouré, no bairro do Ipiranga, São Paulo. Desde então, tem feito muito pela causa dos idosos. Basta conferir o site Família Vicentina no Brasil, www.fv.org.br.
      No dia 27/09/1957, em homenagem a São Vicente de Paulo, a ALM do Brasil implantou em âmbito nacional o Dia do Idoso. Em 1960, ano do tricentenário da morte de Santa Luisa de Marillac e de São Vicente de Paulo, no dia 9 de junho, instalou-se em Salvador, Bahia, o grande Congresso da ALM do Brasil. Desse Congresso saíram as propostas de reformas de uma política justa e humana para os idosos. De 1960 até 1975 a ALM de São Paulo, unida às Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo e a sociedade como um todo, criou mecanismos para o projeto da construção da Cidade dos Velhinhos, em Itaquera, cujo primeiro pavilhão foi inaugurado em 1964. Dos anos de 1975 a 1980, seus trabalhos se voltaram para pesquisa e assessoria em projetos de geriatria e gerontologia, em obras governamentais e não governamentais. Em 1982 a ALM participou na Áustria do Congresso Mundial do Envelhecimento.


Santa Luísa de Marillac

      Eis o pensamento da Associação Luísa de Marillac: Só existe um caminho para concretizar o ideal de cidadania do idoso: é a união, a organização, a luta e a descoberta de seus valores.


As velhinhas de Belo Horizonte ficavam felizes quando recebiam a visita da linda Miss Minas Gerais, uma ativa Luísa.(Querida, segunda quinzena, janeiro de 1959)


      Em Minas Gerais, no dia 30/12/1962, foi fundado um pequeno município que recebeu o nome de Marilac, em homenagem a Santa Luisa de Marillac. Acredito que por lá muita gente deve saber que hoje a Associação Luísa de Marillac existe em cinqüenta paises e conta com 320.000 voluntárias. Acredito que por lá muita gente deve saber que Denise Guimarães Prado, Miss Minas Gerais 1958, no auge da sua juventude e beleza, dedicou grande parte do seu tempo à causa da Associação Luísa de Marillac, colocando seu rosto bonito a serviço dos pobres.

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5 comentários:

Adorável UVINHA disse...

Bom...antes de mais nada gostaria muito de te agradecer.
Cresci ouvindo falar na Denise e nunca a tinha visto.
Minha mãe quando tinha por volta de 16 anos trabalhou num atelier de costura onde foi feito o vestido da Denise para o concurso de miss e mamãe ficou tão apaixonada por ela que prometeu se tivesse uma filha chamaria Denise, nasci em 61 e tinha muito orgulho da escolha do meu nome, hj lendo sobre a Denise me emocionou muito, gostaria de saber mais sobre ela, ela está viva? gostaria de postar essa msg sobre ela no meu blog, vc me permite?
Mais uma vez, obrigada pelo momento de muita alegria que me proporcionou.

Denise Cristina Parreira.
Belo Horizonte - MG

João Cordeiro disse...

Toda Miss deveria seguir este exemplo aliada a sua bela fisica e no caráter ajudar os menos favorecidos. Não ficar na ociosidade como também viver na futilidade

Anônimo disse...

Gostaria muito de entrar em contacto com Denise Guimarães ., como eu faço , pois tentei pelo facejbook , e não consegui...?..obrigado ..jose vagner novaes dos santos .Cubatão-sp..- cel 13-997104776...13-988595800---josevagnerpitu@hotmail.com

Anônimo disse...

Imagino tua emoção! Tão justa.Japão.

Anônimo disse...

Parabéns pela reportagem! Hj tem MMB 20H no Canal do CNB YouTube! Japão.