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sábado, 28 de junho de 2014

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - Odorico Tavares, rei do bodoque, sujo e descalço

 ODORICO TAVARES, 
REI DO BODOQUE, SUJO E DESCALÇO

       
      Odorico Montenegro Tavares da Silva, jornalista, poeta e colecionador de arte, nasceu em Timbaúba, PE,  em 26/07/1912, e faleceu em Salvador, BA, em 22/08/1980. Fixou-se na capital baiana em 1942, onde foi diretor do Diário de Notícias e de O Estado da Bahia. Foi eleito para a Academia Baiana de Letras em 1971. A convite de Assis Chateaubriand (1892-1968) dirigiu  as empresas do conglomerado Diários e Emissoras Associados que na Bahia possuía os jornais Diário de Notícias, Estado da Bahia e a Rádio Sociedade da Bahia e a TV Itapoan.
      Em Salvador,  Odorico se integrou entre os escritores, artistas e intelectuais baianos. Em 1944, organizou, com o escritor Jorge Amado (1912 -2001) e o gravador paulista Manoel Martins (1911-1979), a primeira exposição de arte moderna brasileira na Bahia, promovida pela seção da Bahia da Associação Brasileira de Escritores, na Biblioteca Pública de Salvador. Em 1947, fez diversas reportagens para a revista O Cruzeiro, depois reunidas no livro Bahia, Imagens da Terra e do Povo, de 1951. Ilustrado por Carybé (1911 -1997), o livro foi  premiado com a medalha de ouro na 1ª Bienal Internacional do Livro e Artes Gráficas de São Paulo, em 1961.
           Abaixo, trecho do poema Bonde de burro de minha terra, onde Odorico Tavares evoca sua infância timbaubense.
  
Bonde de burro de minha terra,  
de minha terra fui rei, 
rei do bodoque, sujo e descalço, 
Fugindo à escola, levando surras, 
Arrasando tudo, impondo lei.

Bonde de burro, aonde me levas?
Por que voltar, oh! tanto assim, bonde de burro?


Deixa o passado, que é bem tristonho,
 Mas se dobraste, nós vamos indo,
 deixa subir este menino
 que já foi rei, sujo e descalço.
 Ele vem sentar junto de mim,
 tão,  junto, que é um só lugar.
  
Bonde de burro, não passes, não,
 naquela casa daquela rua,
 onde um homem sempre escrevendo
 deixava tudo para me abraçar
 quando eu reina pela cidade
 rei do bodoque, sujo e descalço.

Quando eu era este menino
 Que vai comigo, sempre ao meu lado.
 Nunca mais ele escrevendo deixará tudo para me abraçar.
  
Volta, bonde de burro, desta viagem.
 De que me serve continuar.
 Deixa saltar meu companheiro
 pois é bom mesmo que ele se vá.

 Nossa viagem foi muito triste,
 Hoje a tristeza viveu comigo.
 Bonde de burro, não continues,
 deixa o passado, vamos voltar!
  *****
 DE OLHO NA COPA DO MUNDO


Fabiana e Matilde Vasconcelos
Garibaldi Albuquerque
Maria José de Andrade Medeiros
Wal Boy, Márcio Apolinário, Moema Brandão e Julierme Barbosa
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2 comentários:

Anônimo disse...

Os símbolos?Da Santa Sé,uai!parece q,abaixo,tem uma face de leão.Gostei da história do Odorico Montenegro;devo ter lido várias matérias dele e nem melembrava.O Cruzeiro...andei de bonde elétrico,kkkkk!Eram grandes e espaçosos.Uma delícia!Atirei de bodoqueira,corri com os pés descalços(vivia descalço)...subi em árvores,brinquei de pique...criança normal.

Anônimo disse...

Desculpe,não enxerguei direito:encimando,está o síbolo do vaticano;no centro,a fênix(símbolo de Jesus Cristo,transmutação q a fênix faz:alimenta seus filhotes do próprio fígado;acho q você sabia disso).) e,abaixo,o Homem ou um anjo.Abraços,Japão