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sábado, 4 de junho de 2011

DE TIMBAÚBA PARA O MUNDO - As confissões de um "judeu" timbaubense

AS CONFISSÕES DE UM "JUDEU" TIMBAUBENSE

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Daslan Melo Lima

Dedé posa para PASSARELA CULTURAL na frente de um quadro que mostra ele nos anos 60 ao lado do grande amor da sua vida, Nevinha Pachêco, falecida em 07 de março de 2011.
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          José Pachêco Marinho nasceu em 07/08/1924, no Engenho Gameleira, em Itambé, PE, caçula de uma família numerosa, sétimo filho do casal Henrique Pachêco de Araújo e Severina Caetano de Araújo. Ficou órfão de pai com apenas um ano de idade. Chegou em Timbaúba, PE em 1940. Não tem nenhum constrangimento em dizer que: 
“Cheguei muito pobre em Timbaúba. Tudo que eu tinha era uns trocados que havia recebido da compra de uma vaca, dinheiro com o qual comprei uma casinha simples na Rua de Goiana, nº 120.” 
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Dedé no quintal de sua casa, de onde se descortina uma visão do Alto Santa Terezinha.
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          Dedé trabalhou em vários setores: balconista de padaria, motorista e vendedor de veículos. O apelido Dedé Judeu vem do tempo em que ele foi empregado na casa comercial de Samuel e Súnia Kremer,  judeus nascidos na Ucrânia que o adoravam e o tratavam como filho. De 1955 a 1963, vendeu carros na Rua da Imperatriz,  esquina com o prédio da empresa Jornal do Commercio, centro do Recife, até que, em sociedade com João Barbosa de Moura, o popular João Passo Magro, abriu uma agência autorizada da Williams em frente à Igreja Matriz, embrião do que seria depois a Cotram
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Dedé e os netos Matheus e Lucas, filhos de Gerluce e Walmir
                Brito Maciel.

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PINGUE-PONGUE COM DEDÉ JUDEU
Comida: Feijoada.
Fruta: Banana.
Bebida: Uísque com gelo.
Uma música de Carnaval:  Aquela composta pelo inesquecível poeta João Feliciano que diz assim “...Estou aqui para tirar o teu sossego, só porque sou um morcego guiado pela folia.” 
Programa de TV: Futebol e jornal.
O que mais admira em uma pessoa: Honestidade.
Cidades inesquecíveis que conheceu: Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte 
Uma saudade: Os antigos carnavais de Timbaúba.
Cor: Amarela. 
Animal de estimação: Cachorro.
Viver é... Tudo ! 
Morrer é... Acredito em Deus, mas não acredito na imortalidade da alma. Morreu, acabou. 
A maior invenção do homem: O avião. 
A pior invenção do homem: As drogas.
Clube esportivo: Clube Náutico Capibaribe.
Um jogador inesquecível: Bita.
Se fosse Presidente da República: Fechava ao Congresso Nacional.
O maior sonho: Continuar com saúde até o fim dos meus dias.
Um cantor: Agnaldo Timóteo. O resto é resto.
Uma Cantora: Ângela Maria e Fafá de Belém.
Um timbaubense que a história guardou: Dr. João Ferreira Lima Filho (Dr. Joãozito), João Feliciano e Prof. José Mendes da Silva.
Uma personalidade que é a cara de Timbaúba: Luiz Gonzaga, o Luiz de Mercês, antigo diretor social do Timbaúba Tênis Club.
Um político do passado: Ulisses Guimarães e Tancredo Neves. 
Um político do presente: Luiz Inácio Lula da Silva.
A pessoa mais fascinante que conheceu na vida: Cristina Galvão. 
A canção de sua vida:   "Mãe, Pedaço do Céu", na voz de Leonardo  Sullivan. 
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Timbaúba, PE, 30/03/1963 - Casamento de José Pachêco Marinho (Dedé Judeu)  e Maria das Neves Dias (Professora Nevinha).  Ela era treze anos mais jovem que ele e a união gerou dois frutos: Henrique e Gerluce.

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Dedé e o seu único e grande amor, Nevinha Pachêco
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                               CARNAVAL TIMBAUBENSE - ANOS 70
Dedé Judeu cruzou os braços em cima do motor do Jeep. Sentada no banco de trás, sua esposa Nevinha Pacheco. Ao seu lado, Tereza Leal. Na frente, em pé, de mãos cruzadas, Ivanildo, esposo de Neide, que assumiu a direção do veículo, onde também se encontram Socorro e Emércia Dias. O jovem cabeludo, de bermuda curta e mão na cintura, é Dierson Leal. ***** O rapaz  de roupa escura encostado na janela é Cláudio Junior, um dos mais famosos reis momos do carnaval de Timbaúba.
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              Lúcido, não se queixa de nenhum problema de saúde. Foi vítima de  um enfarte em 2005, mas  acabou sendo objeto de estudo por uma junta médica do Hospital Osvaldo Cruz. Motivo: Inexplicavelmente, a artéria comprometida desviou seu curso e logo ele estava restabelecido. Por motivos alheios à sua vontade, Dedé teve seu nome envolvido no triste episódio ocorrido em 18/07/1958, quando um tiroteio ocorrido num dia de feira, no centro de Timbaúba, gerou um confronto político-partidário com vítimas fatais.  Dedé não  estava armado , apenas passava na ocasião, mas recebeu voz de prisão. Correu e precisou passar uns dias fora de Timbaúba até os ânimos diminuírem. Dedé afirma que nunca comprou fiado, não tem cheques e nem cartões de crédito. 

 Pontas de Pedra, verão de 2008. Dedé e sua amada Nevinha.
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Na calçada de sua casa, onde tantas vezes ficava ao lado de Nevinha, vendo o tempo passar. 
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          E assim conhecemos um pouco de José Pachêco Marinho, Dedé Judeu, um homem que criou raízes em Timbaúba, que ama a “Princesa Serrana” como poucos timbaubense natos a amam e que não tem vergonha alguma em dizer: “Sou uma pessoa muito sentimental e choro com muita facilidade.”

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11 comentários:

DASLAN MELO LIMA disse...

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Comentário de Linda Rodrigues, via Facebook
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Parabéns Daslan, amei suas palavras, vc contou uma história que dá vontade de ler até o fim. Dedé Pacheco é tudo isso é muito mais.

DASLAN MELO LIMA disse...

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Comentário de Ivone de Vasconcelos Guerra, via Facebook
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Que lindo, poeta Daslan Melo Lima!
Deus dê o descanso eterno a ele, ao som de um Bem-te-vi.
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DASLAN MELO LIMA disse...

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Comentário de Henrique Dias, via Facebook
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Obrigado amigo Daslan Melo Lima pela bela homenagem ao meu pai.

DASLAN MELO LIMA disse...

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Comentário de Regina Gloria, via Facebook.
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Primo legítimo de meu Pai. Descanse em Paz primo Dedé. Certamente jogará dama e sinuca com o primo Joao Marinho (Dão) meu saudoso pai.
Abraco e alento a toda família.

DASLAN MELO LIMA disse...

BEM-TE-VI

Acompanhei na manhã desta sexta-feira, 18/06/2021/ o cortejo fúnebre de José Pachêco Marinho, o Dedé Judeu, 96 anos de idade,
uma personalidade que marcou época em Timbaúba.
Ele se foi de causas naturais, pronunciando o nome de Nevinha, a esposa amada que partiu há dez anos.

Vizinho ao jazigo da família,
atenuando o cinza e dissipando o frio,
no alto de uma palmeira imperial,
uma das aves mais populares do Brasil cantava de alto e bom som:
"Bem-te-vi! Bem-te-vi! Bem-te-vi!"

Abençoado Bem-te-vi,
que não vi, mas ouvi,
continue diluindo a melancolia desta sexta-feira em doses de fé,
esperança e poesia.

DASLAN MELO LIMA disse...

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Comentário de Lucimere Andrade, via Facebook
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Senti imensamente.
Era muito amigo de papai.
Choque, emoção, lembranças, saudades.

DASLAN MELO LIMA disse...

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Comentário de Maria Bernadete Lins, via Facebook
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Meus sentimentos a todos da família !!!
Para os q ficam , muita saudade.
Êle junto a sua amada, formavam um casal exemplar.
Foram nossos vizinhos da mesma rua .

Unknown disse...

Esse é o Dedé que eu conheci. Que Deus conceda paz e luz ao seu espírito. Para a família os meus sinceros sentimentos.

DASLAN MELO LIMA disse...

Comentário de Gerluce Maciel, via Facebook
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Obrigada, amigo Daslan Melo Lima!!! Bela homenagem!!! Você como sempre fazendo uma leitura emocionante, sensível e delicada desse momento !!!!Agradeço imensamente!!!!! Um forte abraço🙏🏼🌹🙌🏼
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DASLAN MELO LIMA disse...

Comentário de Paula Francinete, via Facebook
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Daslan,vc como sempre não deixa passar nada sem uma palavra amiga,de conforto,homenagem,etc . Sentimento nobre o seu.Que Deus dê Dedé um descanso eterno.Acho que ele sentia muito a falta de Nevinha.
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Anônimo disse...

boa noite sou Timbaubense de nascença e coração moro a 56 anos na cidade de São Paulo sou professor de Sociologia e Advogado sou filho de Severino Canuto Soares e Maria das Dores da Silva Soares hoje com o meu pai vejo as notícias e os vídeos da minha cidade Timbauba, certos momentos tenho saudade de algo que não vive que saudade de Timbauba