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sábado, 21 de junho de 2014

SESSÃO NOSTALGIA - Monica Fairall (1948-2009), um ser humano iluminado, por trás daquele vestido ousado

Daslan Melo Lima  
                    
PRÓLOGO

      Quando ela surgiu na passarela naquele 13 de julho de 1968, no Miami Beach Auditorium, em Miami Beach, em busca do título de Miss Universo, vestindo um ousadíssimo vestido, o espanto do público foi muito grande e  o assunto foi notícia no mundo inteiro. Ela era Monica Fairall, Miss África do Sul, cuja não inclusão entre as 15 semifinalistas foi atribuída ao seu traje de gala, embora tenha figurado no grupo das quinze mais em traje de banho.  Três anos depois, em 1971, muito discreta, disputou o Miss Mundo e conseguiu um lugar no Top 15. Aquela jovem estava destinada a ser um ícone em seu País, amada e respeitada, não apenas pela beleza, mas por suas atividades profissionais ligadas à música, literatura, jornalismo  e radiodifusão. Hoje, sábado, 21 de junho de 2014, faz exatamente cinco anos que Monica Fairall morreu, vítima de um tipo de câncer chamado mieloma. 

MONICA FAIRALL NO MISS UNIVERSO 1968



MONICA FAIRALL NO MISS MUNDO 1971

       "De  maneira nenhuma eu era a  mulher mais bonita da África do Sul, mas estava preparada para jogar esse jogo e todos os outros.” - Monica Fairall 

Da esquerda para a direita: Ana Maria Padron Ibarrondo, Miss Venezuela, semifinalista; Karen Brucene Smith, Miss Estados Unidos, finalista (top 7) e Miss Internacional 1974;  Marilyn Ann Ward, Miss Reino Unido, segundo lugar, semifinalista no Miss Universo 1971; Simonetta Kohl, Miss Suécia; María Margarita García, Miss Espanha; Monica Fairall, Miss África do Sul; Ana Paula de Almeida, Miss Portugal, terceiro lugar; Ava Joy Gill, Miss Jamaica; e  Miri Ben-David, Miss Israel. ***** Detalhe: Monica Fairall teve como concorrentes, em Miami Beach e Londres, duas brasileiras, respectivamente, Martha Vasconcellos, Miss Universo 1968, e Lucia Tavares Petterle, Miss Universo 1971.

 MONICA FAIRAL, UM ÍCONE DA ÁFRICA DO SUL


     Monica Fairall teve uma carreira profissional ligada à música, literatura, jornalismo e radiodifusão, além de ter sido professora de yoga. Tinha pós-graduação em arte dramática pela Universidade de Durban e por mais de trinta  anos apresentou muitos programas de rádio, dentre eles Sábado de Ouro, Caminhos para a Saúde e Durban Depois de Escurecer. Escreveu vários livros, incluindo um sobre câncer, inspirada na luta do seu companheiro, o poeta Douglas Livingstone (1932-1996), que morreu dessa doença.




     Mônica Fairall era  casada com o palestrante  Robert Morell, acima,  desde 2007, e deixou duas filhas. Após a morte da esposa, Robert liderou a criação do Monica Fairall Memorial Award, que anualmente outorga prêmios àqueles que dão sua contribuição para as artes, mas que ficam anônimos nos bastidores, tais como administradores, arquivistas, bibliotecários, líderes do teatro de comunidades e afins.


Jazigo de Monica e do seu pai Kenneth Fairall  

EPÍLOGO

   O meu amigo  Evandro Silva, editor do site missesnapassarela.blogspot.com.br , tem uma opinião sobre os trajes do Miss Universo e Miss Mundo. Diz ele: 

O concurso Miss Universo ao longo de sua existência sempre teve uma forte visão conservadora em relação aos valores que norteavam as normas e regras do certame. Diferentemente do Miss Mundo que não primava pelo conservadorismo, admitindo que as concorrentes usassem o traje de banho de sua preferência, seja biquíni ou maiô. 
Em 1959, a Miss Itália, Maria Grazia Buccella não se classificou entre as 15 semifinalistas porque seu vestido de gala foi considerado demasiado ousado.
Em 1968, a Miss Africa do Sul, Mônica Fairall, também foi desclassificada pelo "decote panorâmico" do seu vestido de noite. Entretanto, em 2003, Cindy Nell, Miss Africa do Sul, com um vestido semelhante ao de Monica Fairall, não teve nenhum problema para ser uma das finalistas, logrando a terceira colocação. Podemos concluir que as coisas mudam. O mundo evoluiu! Ainda bem! 
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     Quantas pessoas acharam naquele ano que Monica Fairall seria apenas uma menina fútil querendo se promover? Milhares. Eu era um adolescente e também pensei o mesmo. Enganei-me. Perdão, Monica Fairall. Existia um ser humano iluminado por trás daquele vestido ousado.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Daslan,

essa Miss África do Sul era de uma beleza facial inquestionável, estonteante. Estaria no TOP-5 ao lado da nossa Martha Vasconcellos, não fosse a ousadia do seu traje de gala, por sinal avançado para os padrões da época. Comparo essa Miss África do Sul a nossa Vera Fischer, até hoje uma Miss Brasil que esteve sempre à frente do seu tempo.

Parabéns por trazer de volta a Monica Fairall.

Muciolo Ferreira

Anônimo disse...

Na época,não achei tanto assim;talvez por ser adolescente;mas alguns adultos,ppalmente a imprensa focalizou dessa forma.Era linda,essa sul-africana;como Evandro faou:estaria no top 5,talvez,no lugar da estadunidense.Só a venezuelna,não disputaria o título "à tapa",kkkkkkkkkkkkkkk!japão