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sábado, 24 de outubro de 2015

SESSÃO NOSTALGIA – Quando maio também era o mês das misses

Daslan Melo Lima

    

  Ainda faltava mais de um mês para a eleição da Miss Brasil 1957, mas o Brasil inteiro já corria para as bancas de revistas em busca da O Cruzeiro. Mesmo que não houvesse chamadas nas capas sobre misses, sabia-se que em suas páginas poderiam estar desfilando garotas que sonhavam com o título de Miss Brasil e com a fama que tinham Martha Rocha, Miss Bahia, vencedora de 1954; Emília Corrêa Lima, Miss Ceará, vitoriosa em 1955; e Maria José Cardoso, Miss Rio Grande do Sul, vencedora em 1956.

        Na capa da revista O Cruzeiro de 18/05/1957, ano XXIX, número 31, estava a atriz mexicana Ana Luis Peluffo, mas nada de alusão às misses, mas ao folhear a famosa publicação, os leitores encontravam duas páginas sob o título A 15 de junho, no Maracanãzinho (Rio): Noite de Long Beach , com texto de Mauro Regis e fotos de Indalécio Wanderley, Antônio Ronek, Badaró Braga e Rubens Américo.
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Detalhe: Na matéria, abaixo reproduzida, há um lapso, citando Maria José Cardoso como vencedora do Miss Brasil em 1955, quando o  correto seria 1956;  e Sandra Hervé como candidata a Miss Rio Grande do Sul em 1956, quando o certo seria 1957. No entanto, digitei  o texto tal como aparece na citada O Cruzeiro.
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Na eleição de Miss Distrito Federal, uma “avant-première” das candidatas a Miss Brasil, reproduzindo o colorido das festas de Miss Universo.

      Maria José Cardoso, em 1955, foi sucessivamente Miss Clube do Comércio, Miss Porto Alegre, Miss Rio Grande do Sul e Miss Brasil. Sandra Hervé, em 1956, foi Miss Clube do Comércio, Miss Porto Alegre, e, no momento em que escrevíamos esta reportagem era uma das mais fortes candidatas a Miss Rio Grande do Sul. Ninguém se admire, portanto, se for novamente uma gaúcha a detentora do título máximo da beleza feminina nacional. Nos Pampas, o concurso promovido pelos Diários Associados conquistou, este ano, um êxito jamais alcançado, reunindo representantes dos grandes clubes e dos principais municípios. Em Minas Gerais, o sucesso não foi menor. No Estado do Rio, em São Paulo, em Pernambuco, no Ceará, em Goiás, no Brasil todo, a sociedade mobilizou-se para selecionar as suas mais belas jovens.

Na fila de cima, da esquerda para a direita, candidatas ao Miss Distrito Federal 1957: M. de Lourdes (Clube da Aeronáutica); Cléia Pietro (Associação Vila Isabel); e Shirley Velasco (Associação Portuguesa). Abaixo,  na mesma ordem, Olyani Braga (Clube Municipal); Norma Leitão (Escola de Belas Artes); e Wanilda Melo (AABB). ***** A jovem de maiô na ilustração anterior é Nelice Pereira, Miss Clube Leblon.
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Na foto maior, Sandra Hervê, Miss Porto Alegre. Na imagem menor, Maria Dorotéia Antunes Neto, Miss Juiz de Fora. 

No Distrito Federal, diretórios acadêmicos e clubes da zona norte e da zona sul aderiram entusiasticamente à mais importante promoção do ano. E, agora, o concurso de Miss Brasil 1957 aproxima-se dos seus momentos mais sensacionais. Até o fim desta semana, todas as misses estaduais serão eleitas. E, a 15 de junho, comparecerão ao Ginásio Gilberto Cardoso (Maracanãzinho), no Rio, para fazer uma “avant-première” do desfile do dia 22, no Quitandinha, em Petrópolis. Essa “avant-première” terá seu ponto alto na eleição de Miss Distrito Federal. O carioca verá, no Maracanãzinho, uma autêntica “Noite de Long Beach”.  
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       Naquele 1957, o título de Miss Distrito Federal foi conquistado por   Eloísa Oliveira de Menezes, do Clube Caiçaras, e o de Miss Brasil por Terezinha Morango, Miss Amazonas, que não apareceram na reportagem.  Sandrá Hervé foi eleita Miss Rio Grande do Sul e ficou em terceiro lugar no Miss Brasil, enquanto Maria Dorotéia Antunes, campeã em Minas Gerais, obteve o segundo. 
       Tantos anos depois, o calendário atual dos concursos de beleza mudou completamente. O Miss Brasil 2015 está agendado para o dia 19 do próximo mês, enquanto  o Miss Universo deverá acontecer no dia 20 de dezembro. Milhares de pessoas já não correm para as bancas de revistas em busca de publicações com notícias sobre misses. O Cruzeiro faz parte de um tempo que se foi, quando maio era o mês das mães, das noivas e também das misses.
    Ainda bem que temos a Internet com missólogos interagindo nas redes sociais e sites especializados com  generosas reportagens  ilustradas sobre concursos de beleza. Centenas  de jovens sonhadoras ainda  aspiram o título de Miss Brasil. Milhares de pessoas continuam apaixonadas por Misses. Por isso vivo a repetir que paixões são paixões, simplesmente paixões, não se explicam.
       
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2 comentários:

Anônimo disse...

Eu adoraria ter vivido nesse tempo.

C.Rocha de Floripa

Anônimo disse...


Daslan,

eu esperava ansiosamente a chegada do mês de maio e com ele as fotos e reportagens nas revistas "O Cruzeiro" e "Manchete" das primeiras candidatas estaduais e as postulantes ao título de Miss Guanabara e São Paulo. Meu pai comprava todas as revistas semanais.

Aqui, no Recife, eu gostava de ler o Diário de Pernambuco por ilustrar a capa das edições domingueiras com a miss de um grande clube social da capital ou de uma cidade do interior, principalmente Caruaru que nunca deixou eleger sua miss.

Bons tempos da minha infância que influenciaram na minha futura formação profissional de jornalista.

Abraços,

Muciolo Ferreira